Só o que existe no mundo a fora são grandes músicos, com trabalhos diversos, seja por uma banda apenas ou em várias. Além disso, a conexão e parceria que existe dentro da indústria é gigantesca, com vários e vários nomes pesados e de renome colaborando constantemente, seja por parcerias em músicas ou até mesmo com um músico(a) produzindo o disco de outro. Isso sempre existiu e continuará existindo, pois a indústria funciona dessa forma também.
Dentre grandes nomes da música que, constantemente, produzem e compõem não só para si mesmo ou seu grupo, mas, também, auxiliam artistas parceiros, está o gigante Josh Homme, vocalista e líder do Queens Of The Stone Age, uma das maiores bandas de rock deste século, não só por sua relevância e regularidade em produzir conteúdo de sucesso até hoje, mas pela forma como apresentou sua mistura de rock alternativo, stoner rock, hard rock e metal alternativo, um suco bem gostoso daquele rock “sujo”.
Se ser líder de uma banda tão grande como o QOTSA, com 25 anos de carreira e sete álbuns de estúdio lançados, já não fosse o bastante, Homme também é um produtor de muitíssimo sucesso. Para se ter uma ideia, ele foi o coprodutor do Humbug, ao lado do também incrível James Ford, terceiro álbum do Arctic Monkeys, que marcou a grande transição no som da banda britânica e que acabou envelhecendo muito bem, já que é o disco favorito de muitos fãs da banda.
Depois disso, Homme também participou da produção do “Lex Hives“, último disco do The Hives, nas faixas bônus da versão deluxe e, também, no 17º álbum de estúdio da lenda Iggy Pop, chamado “Post Pop Depression“, onde se juntou a Dean Fertita, seu companheiro de QOTSA, que é guitarrista e tecladista, e Matt Helders, baterista do Arctic Monkeys. Dá para perceber como as amizades e conexões se interligam por conta de trabalhos e contribuições antigas.
Mas quem disse que ele se prende apenas ao rock? Recentemente, Homme foi coprodutor em dois álbuns de grandes artistas de gêneros distintos. O primeiro foi o penúltimo disco da Lady Gaga, Joanne, onde, além de coprodutor, ele também tocou guitarra na faixa “John Wayne” e bateria em outras a pedido de Mark Ronson. O segundo foi o incrível e aclamado trabalho do Run The Jewels, dupla formada pelos rappers Killer Mike e El-P, que também é produtor e foi coprodutor ao lado de Homme, em RTJ4. O músico participou do vocal em algumas músicas, como “pulling the pin“.
Os nomes citados, até o momento, já foram de peso mais que necessário para justificar os grandes trabalhos de Josh Homme como produtor. Porém, o Royal Blood, uma das grandes bandas de rock da nova geração, lançará no próximo dia 30 de abril o seu terceiro álbum, Typhoons, que contará com a participação de Homme na produção da faixa “Boilermaker“, próximo single da dupla britânica.
Além disso, é importante entrar no assunto Royal Blood para explicar que Homme é, sem dúvidas, um grande “padrinho” para os caras, exatamente pelos seus ensinamentos e gosto musical, tanto que Mike Kerr, vocalista e baixista da banda, esteve presente nos últimos volumes (11 e 12) do Desert Sessions, projeto de Homme há muitos anos, como uma série de coletânea de músicas, onde ele chama vários artistas e amigos.
Isso também serve para o Arctic Monkeys, que, desde a colaboração no Humbug, continuaram chamando Homme para participação nos discos seguintes. Ele faz os backing vocals na faixa “All My Own Stunts” do Suck It And See, antecessor do Humbug, e também de “One For The Road” e “Knee Socks“, no sucesso estrondoso que foi o AM, penúltimo disco da banda. São as duas bandas, que estão entre as maiores do mundo no rock, que tem ele como “padrinho”.
Também é indispensável falar das outras bandas a qual Josh Homme já formou e participou que tiveram muito sucesso, como o Eagles Of Death Metal e um dos grandes supergrupos da história do rock com o Them Crooked Vultures, formado por ele, John Paul Jones, eterno baixista do Led Zeppelin, e Dave Grohl, líder do Foo Fighters e que sempre foi um grandíssimo amigo de Homme, tanto que já gravou, inclusive, dois álbuns com o Queens Of The Stone Age. O Songs For The Deaf (2002), onde tocou bateria em todas as faixas, e …Like Clockwork (2013), liderando a batera em cinco faixas: “If I Had A Tail“, “My God Is The Sun“, “Fairweather Friends“, “Smooth Sailing” e “I Appear Missing“.
Para fechar e mostrar como Josh Homme é incansável, o músico também já colaborou com os mais diversos artistas, como o Foo Fighters em “Razor” (guitarra), The Strokes em “Mercy Mercy Me (The Ecology)” (baterias adicionais) e Biffy Clyro em “Bubbles” (guitarras adicionais).
O tamanho desta matéria e a quantidade de artistas citados só mostra o quanto Josh Homme é um músico especial e como o que ele toca vira ouro (ou tem grande chance para isto). Mesmo com o QOTSA em hiato desde a turnê do disco Villains (2017), Homme não ficou parado e segue formando grandes parcerias. Não sabemos exatamente o que se dará no futuro próximo, mas sempre podemos esperar coisas incríveis de um cara completo e versátil como Josh Homme.
Esta matéria não reflete a opinião do ROCKNBOLD, apenas do autor, Gêra Lobo.