Linkin Park: um ranking do pior ao melhor álbum

Quase vinte anos de carreira, turnês sold out e inúmeros hits: rankeamos a carreira brilhante do Linkin Park, uma das maiores bandas do século

Conteúdo enviado pelo colaborador Luis, do Entre e Ouça; siga-o nas redes sociais!

O Linkin Park é uma das bandas que mais se destacou no começo dos anos 2000, se tornando um dos grandes nomes de sua geração. Com sua mistura precisa de rock e hip-hop, encontrou seu ponto de partida no nu metal, gênero que começou em meados dos anos 90 e foi ganhando força ao longo dos anos com nomes como Limp Bizkit, Korn e Slipknot.

Entretanto, ficar preso ao estilo não estava nos planos de Chester Bennington, Mike Shinoda, Brad Delson, Dave Farrel, Rob Bourdon e Joe Hahn. Os músicos sempre deixaram claro desde o início que a banda estaria em constante evolução e que não se prenderia a rótulos. E é exatamente isso que sua excepcional e diversificada discografia comprova.

Com sua estreia estrondosa em Hybrid Theory (2000), até o controverso One More Light (2017), seguido da triste morte do vocalista Chester Bennington em julho de 2017, o Linkin Park construiu um legado sólido e relevante no cenário musical. A banda que foi a voz de uma geração se aventurou por diversas experimentações, sempre entregando trabalhos interessantes e de qualidade.

O ROCKNBOLD encarou a difícil tarefa de rankear a excelente discografia do Linkin Park, destacando o diferencial de cada trabalho e suas principais faixas.

7 – The Hunting Party (2014)

Muitos fãs esperavam que o Linkin Park voltasse às origens com um álbum calcado no peso que seus primeiros trabalhos entregaram. Em The Hunting Party, a banda traz de volta o peso em suas músicas, dando mais espaço para as guitarras de Brad Delson e os berros furiosos de Chester Bennington, além de contar com participações de peso como Daron Malakian, Tom Morello, Rakim e Page Hamilton.

Apesar de ser um disco agressivo e puxado para o rock, The Hunting Party não apresenta nada de novo, apenas resgata uma sonoridade que o Linkin Park já havia explorado com maestria no começo de carreira. A “volta às origens” soa desconexa na discografia da banda, já que não conversa com o que vinha sendo feito nos álbuns anteriores e tão pouco com o que viria a seguir. O disco mostra que o Linkin Park tem potencial para lançar um disco pesado sempre que quiser e entrega bons momentos, mas está longe de ser algo inovador e impactante na discografia da banda.

Highlights: Wastelands, Final Masquerade e Guilty All The Same

6 – One More Light (2017)

O Linkin Park surpreendeu a todos ao lançar um disco extremamente pop, principalmente por ser o sucessor de um álbum pesado como The Hunting Party. One More Light não foi bem recebido pela crítica e pelos fãs, já que a banda nunca tinha lançado nada que pendesse tanto para o pop radiofônico que sustenta o disco. Deixando as comparações com o início de carreira de lado, já que a banda sempre explorou novas sonoridades em cada trabalho, o Linkin Park não decepciona e entrega um álbum honesto de música pop. É o Linkin Park fazendo o que tem vontade com a qualidade de sempre, explorando novos caminhos e olhando para frente, sem obrigações ou amarras com o passado.

One More Light entrega o que se propõe a fazer, além de firmar uma conexão com o que vinha sendo feito em Living Things (2012), que já apresentava indícios de qual caminho a banda gostaria de seguir. O álbum ainda passou por uma nova interpretação após a morte de Chester, já que o conteúdo lírico é um desabafo sincero do vocalista que estava perdendo a batalha para seus demônios internos. O disco flui muito bem quando a audição é feita de mente aberta e livre de comparativos, além de conter algumas das letras mais sinceras do Linkin Park.

Highlights: Talking To Myself, Nobody Can Save Me e One More Light

5 – A Thousand Suns (2010)

Após apresentar sua nova identidade musical em Minutes to Midnight (2007), o Linkin Park deu outro grande passo em sua carreira lançando um álbum conceitual, o bem construído A Thousand Suns. O tema que permeia a obra é a guerra, em especial a guerra nuclear (o título do álbum foi inspirado em uma citação de J. Robert Oppenheimer se referindo a bomba atômica). Aqui vemos um Linkin Park maduro e preocupado em abordar temas importantes e de relevância mundial. O disco dividiu opiniões, recebendo críticas negativas e positivas tanto da mídia especializada quanto dos fãs, principalmente por sua abordagem mais comercial.

A Thousand Suns é bem estruturado e coeso, onde cada faixa complementa a outra, tornando o álbum uma experiência totalmente imersiva. O trabalho mostra o amadurecimento e a inovação da banda, entregando algo diferenciado e inesperado. Por se tratar de uma obra conceitual, o álbum exige atenção e comprometimento extra, o que acaba afastando o ouvinte casual ou com pouca familiaridade com este tipo de trabalho. O álbum conta com ótimos singles, que desempenham muito bem separados do disco, mas outras faixas acabam “apagadas”, já que funcionam melhor no contexto da obra. Ainda assim, é mais um acerto na carreira da banda.

Highlights: Wretches and Kings, The Catalyst e When They Come For Me

4 – Living Things (2012)

Em junho de 2012, a banda entrega seu quinto álbum de inéditas, o excelente Living Things. Como de costume, o grupo explora novas sonoridades, adicionando elementos de música eletrônica em suas composições. O trabalho é criativo e resgata parte da essência da banda em misturar música eletrônica, rock e hip-hop. A qualidade é acima da média e mostra a versatilidade do Linkin Park em transitar entre diferentes gêneros musicais com segurança. Living Things recebeu críticas positivas nos veículos especializados e recebeu mais destaque que A Thousand Suns.

Em Living Things, Linkin Park consegue sintetizar toda sua trajetória de maneira orgânica e funcional. O álbum traz elementos de seus antecessores e apresenta novas possibilidades para o futuro, deixando a banda com inúmeros caminhos para seguir. Os vocais de Chester Bennington estão impecáveis e ganham bastante destaque na maioria das faixas, além de usar de maneira pontual seu lado agressivo. É um dos discos mais consistentes na discografia da banda, mostrando segurança e evolução.

Highlights: Burn It Down, In My Remains e Powerless

3 – Meteora (2003)

Existe uma grande pressão em torno do lançamento do segundo álbum, ainda mais quando o disco de estreia é um sucesso absoluto e apresenta um nível de qualidade fora do comum. Com Meteora, o Linkin Park mostrou que poderia repetir o feito de lançar outro sucesso arrebatador e de qualidade indiscutível. Meteora é uma continuação natural de seu antecessor, mantendo a estrutura utilizada anteriormente, porém, com novos elementos e experimentações. A banda conseguiu atualizar sua sonoridade e entregar algo páreo ao que foi feito em Hybrid Theory (2000), colocando em sua carreira mais um álbum extremamente bem feito e recheado de hits. O álbum recebeu críticas positivas e estreou em primeiro na Billboard 200 em sua primeira semana.

Meteora consolida o Linkin Park como uma das maiores bandas de sua geração. O disco mantém a mistura de rock e hip-hop utilizada em Hybrid Theory, mas abre espaço para a banda inserir novas nuances e elementos que dão ainda mais corpo para suas canções. Soando mais pesado e denso, Meteora conta com um instrumental encorpado e marcante, onde cada música explora ao máximo a criatividade e habilidade dos músicos. Mike Shinoda e Chester Bennington alternam com precisão cirúrgica os vocais, criando uma dinâmica assustadora. A agressividade nos vocais de Chester é mais consistente e precisa. Mesmo parecendo um disco irmão de Hybrid Theory, o álbum traz novas ideias e elementos musicais, além de contar com alguns dos maiores sucessos da banda.

Highlights: Lying From You, Breaking The Habit e Don’t Stay

2 – Minutes To Midnight (2007)

Em Minutes to Midnight, o Linkin Park entregou algo completamente inesperado ao apresentar uma mudança considerável em sua sonoridade. Se distanciando do nu metal explorado nos trabalhos anteriores e enveredando para o rock alternativo, a banda mostrou que não se prenderia a rótulos e estaria em constante evolução musical. Minutes to Midnight traz novas estruturas e composições, mostrando uma nova roupagem e redefinindo os direcionamentos da banda. O disco teve críticas divididas, mas muitos olharam de forma positiva para as mudanças presentes na obra.

Minutes to Midnight é um ponto chave na carreira do Linkin Park. Um álbum de transição musical que mostra a vontade da banda em explorar novos caminhos e se reinventar. O rock alternativo predomina e a mistura de rock e hip-hop deixa de ser protagonista para se tornar um coadjuvante no disco. Chester mostra o potencial e alcance de sua voz sem a necessidade de soar agressivo, assim como Shinoda ganha espaço para cantar músicas inteiras sozinho. Aqui vemos a presença de músicas mais sensíveis e intimistas. Essas mudanças agregam positivamente na sonoridade do Linkin Park, que mostra total competência em sua nova roupagem musical. O álbum é bem executado e um grande acerto, apresentando uma qualidade sonora excepcional. A obra marca o início de inúmeras mudanças na carreira da banda, abrindo um mundo de possibilidades para o Linkin Park.

Highlights: Given Up, In Pieces e Leave Out All The Rest

1 – Hybrid Theory (2000)

Hybrid Theory é o álbum de rock mais vendido do século 21, o álbum de estreia mais vendido desde Appetite for Destruction do Guns N’ Roses, além de ser o disco mais vendido do Linkin Park e figurar em várias listas de álbuns definitivos e essenciais de todos os tempos. Além de todos esses motivos mercadológicos, Hybrid Theory é um dos melhores álbuns de estreia já lançados, entregando uma banda segura de sua sonoridade, totalmente entrosada e fazendo uma mistura perfeita de rap com rock. O disco não abre margem para ressalvas, sendo bem construído e com uma execução extraordinária. Com o nu metal em alta, a banda ganhou ainda mais notoriedade e atingiu em cheio o público que consumia o gênero na época. A crítica recebeu o álbum positivamente e elogiou a obra em vários veículos relevantes de comunicação.

O Linkin Park entregou em seu álbum de estreia sua obra-prima. Hybrid Theory marcou sua geração e atingiu até mesmo o público fora da esfera do rock e da música pesada. É um trabalho pesado, mas contém boas doses de melodia, além de ter uma boa dinâmica nas músicas. Os vocais rasgados de Chester fazem um ótimo

contraponto com as rimas de Shinoda, sendo os destaques do disco. O instrumental é afiado e consegue soar agressivo e moderno ao mesmo tempo. Este trabalho emplacou hits que se tornaram clássicos ao longo dos anos como “In The End”, “Crawling”, “Papercut” e “One Step Closer”, ganhando uma ótima exposição nas rádios e veículos como a MTV. É um álbum que conseguiu um alcance fora da curva e se sustentou muito bem graças ao seu alto nível de qualidade. Um trabalho marcante não só na carreira do Linkin Park como na música em geral no século 21.

Highlights: With You, A Place For My Head e Runaway

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