“Savage” e a viagem futurista pelo universo do aespa

Após o mega hit “Next Level”, aespa lança seu primeiro mini álbum. Com “Savage”, o girl group se consolida como uma potência da quarta geração do k-pop.

Com quase um ano de debut, aespa conseguiu chamar a atenção mundialmente. O grupo rookie da SM Entertainment começou a conquistar o público coreano e internacional logo em seu primeiro single. “Black Mamba” possui mais de 180 milhões de visualizações no YouTube e apresentou ao mundo o universo do grupo, que, em sua narrativa, conta com uma mistura entre o mundo real e virtual.

Seis meses depois, elas realizaram seu primeiro comeback com “Next Level”, o mega hit que as colocou no topo de todos os charts coreanos e se tornou um dos maiores virais do ano, ao lado de “ASAP” do STAYC e Rollin’ do Brave Girls. Com a canção, elas continuaram a jornada que envolve termos como Kwangya, P.O.S, Naevis e SYNK. Agora, o girl group avança em sua narrativa com o lançamento de Savage, primeiro mini álbum do quarteto.

Com seis músicas, o EP reforça a versatilidade das integrantes do aespa, mostrando que as meninas conseguem se destacar tanto individualmente quanto em grupo, independente do estilo musical escolhido. Conseguindo o reconhecimento do público, em quinze dias desde seu lançamento, Savage alcançou a marca de 500 mil álbuns vendidos, tornando o aespa o quinto girl group a alcançar a marca.

Oh, my gosh! Don’t you know I’m a savage? 

Savage começa com “aenergy”, a faixa abre o álbum com os vocais sendo acompanhados por batidas fortes. Com frases enigmáticas, as quatro integrantes se apresentam através da música. “Karina is a rocket punchеr / Winter an armamenter / Gisеlle got Xenoglossy / Ningning e.d hacker”. Mesmo que o público desconheça o significado de muitas das palavras entoadas pelas meninas, “aenergy” cumpre o papel de abrir o mini-álbum, conseguindo situar o ouvinte no novo capítulo do SMUC que será compartilhado.

Na sequência, “Savage” consegue pegar os melhores elementos de “Next Level” e os intensificar. Começando com uma produção que deixaria SOPHIE orgulhosa, a música fica ainda mais potente com as linhas de rap de Karina e Giselle. Como se a mistura de hyperpop e hip-hop não fossem o suficiente, “Savage” consegue aumentar sua tensão no refrão compartilhado por Winter e Ningning, que explode em uma repetição de palavras que é impossível de tirar da cabeça. Quando você menos espera, estará repetindo “Get me, get me now, get me, get me now (Zu-zu-zu-zu)” sem nem perceber.

aespa savage foto promocional
Foto promocional de Savage

A inspiração no hyperpop segue em “I’ll Make You Cry”, cativando com seus sintetizadores e batidas fortes. Por outro lado, “YEPPI YEPPI” foge do contexto das letras anteriores e fala sobre amor próprio. A mudança não fica só no conteúdo cantado, a faixa é mais alegre e divertida em relação as outras faixas do EP. Em um primeiro momento, a b-side pode soar como uma canção do LOONA. Entretanto, essa comparação não é assustadora, visto que “Why Not” foi produzida pelo mesmo grupo de produtores que “YEPPI YEPPI”.

A title é sobre como aespa e æ conseguem a ajuda de Naevis e vão para KWANGYA para enfrentar a Black Mamba. Nessa situação, elas precisam enfrentar a Hallucination Quest, derrotam a Black Mamba e recuperam o SYNK. No entanto, caso o ouvinte não conheça os termos do universo do aespa, “Savage” é uma aventura futurista pela música pop que consegue surpreender a cada segundo.

Após a mudança de humor em “YEPPI YEPPI”, aespa retorna com toda sua voracidade em “Iconic”, que consegue ser interessante ao misturar linhas de raps ousadas com o talento das vocalistas principais do grupo. No entanto, após uma sequência de faixas fortes, “Iconic” acaba sendo cansativa. Finalizando a tracklist, “Lucid Dream” tira o pé do acelerador e apresenta a música mais tranquila do EP. Composta por Hayley Kiyoko, “Lucid Dream” é um alívio sonoro, conquistando com vocais, batidas e sintetizadores suaves.

Um grupo com vontade de ousar, Savage é marcado por um pop eletrônico, futurista e que não tem medo de ser vibrante a todo momento. O primeiro mini álbum do aespa é capaz de nos levar para Kwangya mesmo que a gente não entenda a maioria dos termos cantados nas faixas. Se com menos de um ano de carreira o quarteto já conseguiu mostrar que não irá percorrer o caminho usual da música pop, esperamos ansiosamente pelo o que será apresentado pelo aespa nos próximos lançamentos.

Escute Savage e não deixe de acompanhar o conteúdo de k-pop do ROCKNBOLD!

aespa savage

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