STEREOTYPE e a consolidação do sucesso do STAYC

Em seu primeiro mini-álbum, o girl group acrescenta texturas refrescantes ao pop energético já apresentado em trabalhos anteriores.

Por Isabella Vieira e Júlia Baruki

Com menos de um ano de distância de seu debut, realizado em novembro de 2020, o STAYC já conquistou fãs ao redor do mundo e se consolidou como um dos girl groups mais interessantes da quarta geração do k-pop. Em seu primeiro mini-álbum, STEREOTYPE, o grupo expande sua sonoridade, misturando o pop contagiante com baladas mais lentas. 

Sigla para Star To A Young Culture, o STAYC é um sexteto formado por Sumin, Sieun, Isa, Seeun, Yoon e J. O grupo chamou a atenção por sua diversidade de vozes e também por seus visuais. Além disso, o conjunto é forte nas redes sociais, contabilizando cerca de 663 mil seguidores no TikTok e 583 mil seguidores no Instagram. 

No lançamento do primeiro mini-álbum, as meninas investiram na divulgação por meio de concept trailers e previews nas redes sociais. Mais recentemente, o STAYC também lançou o STEREOTYPE Challenge no TikTok, contando com a participação de artistas como Seulgi e Wendy, do Red Velvet. 

Além do papel importante da internet no sucesso do girl group, elas também contam com o apoio de dois grandes nomes da indústria do k-pop: o duo Black Eyed Pilseung, fundador da High Up Entertainment.

STAYC girls it’s going down: a história do girl group

stayc stereotype | foto promocional
Foto promocional de STEREOTYPE

Para o público em geral, a High Up Entertainment pode não chamar a atenção, principalmente por ser uma empresa pequena. Entretanto, os produtores Choi Kyu-sung e Rado, fundadores do duo de produção Black Eyed Pilseung, já foram os responsáveis por grandes hits do k-pop. Clássicos como “Bubble Pop” da HyunA, “Touch My Body” do SISTAR e “TT” do TWICE contaram com o trabalho da dupla. 

Fundada em 2017, a empresa iniciou suas audições em 2018 com o objetivo de formar seu primeiro girl group. Após dois anos, o resultado veio com o debut do STAYC, sexteto que chamou a atenção por apresentar um pop energético e inovador. Com menos de um ano de atividade e três lançamentos na bagagem, o grupo já conquistou três wins em music shows e já vendeu mais de 200 mil álbuns físicos no mundo todo. 

“SO BAD”, canção de estreia do STAYC, foi capaz de apresentar de maneira exemplar o pop perfection que o grupo viria a continuar lançando em seus próximos comebacks. Em “ASAP”, segundo single divulgado pelo girl group, as meninas colocaram todo mundo pra dançar e o hit viralizou na Coreia do Sul e no mundo afora. 

J, a Alcione dessa geração, e a relação do STAYC com o Brasil

No Brasil, o trabalho do STAYC chamou a atenção de artistas populares, como foi o caso de Pabllo Vittar, que se inspirou no primeiro single do girl group para criar o instrumental da música “Ultra Som”, do álbum Batidão Tropical. “Me inspirei muito em ‘SO BAD’, achei que ia ser a junção perfeita para o tecnomelody”, contou a drag para a Revista Quem

O cantor sertanejo Gusttavo Lima também foi impactado pelo trabalho do STAYC. Em abril de 2021, as integrantes Sieun e Yoon prepararam um cover do sucesso “Café e Amor”, cantando em português. O vídeo chegou até o artista, que chegou a fazer um comentário nas redes sociais elogiando o trabalho das meninas.

No começo do ano, o STAYC produziu um vídeo em que lia tweets em português a respeito do grupo. Um trecho foi destacado pelos fãs brasileiros: uma seguidora do grupo comparou a voz potente de J com a de Alcione, um dos grandes nomes do samba. A integrante do girl group foi chamada de “Alcione dessa geração” do k-pop e ficou muito emocionada com o título após ouvir o sucesso “Você Me Vira A Cabeça”

O teen concept confiante de STEREOTYPE

stayc stereotype | foto promocional
Foto promocional de STEREOTYPE

Em seu primeiro mini-álbum, o STAYC repetiu a fórmula contagiante já presente em seus outros lançamentos. Apresentando um lado mais empoderado e confiante, o girl group apostou na faixa-título “STEREOTYPE” para passar uma mensagem de autoaceitação. Com um refrão chiclete e batidas refrescantes, a música surpreende por fugir dos padrões dos singles de k-pop lançados recentemente. 

O single é divertido, potente e despretensioso, capaz de empolgar quem ouve logo no primeiro play. Além disso, “STEREOTYPE” apresenta um meio termo entre as duas outras faixas-título lançadas pelo grupo. A canção mescla o pop colorido de “ASAP” com as batidas energéticas de “SO BAD” e resulta na melhor title do STAYC até o momento. 

Após apresentarem um pop energético na primeira faixa do mini-álbum, na sequência, o grupo mostra sua versatilidade na balada “I’LL BE THERE”. Apesar do ritmo mais lento, a música se destaca pelo trabalho vocal das integrantes do STAYC, chamando a atenção principalmente pelo contraste das vozes de J e Sieun

Terceira canção do mini-álbum, “SLOW DOWN” retoma a energia apresentada na faixa-título, trazendo batidas derivadas do tropical house para criar uma atmosfera vibrante. Para finalizar, em “COMPLEX”, o STAYC mostra que é capaz de impressionar mesmo em um pop mais lento. Mais uma vez, merecem destaque as vozes das integrantes do girl group.


Seguindo a trajetória de ascensão do girl group, STEREOTYPE é mais uma prova do potencial criativo do STAYC. Se em menos de um ano o grupo já apresentou três trabalhos surpreendentes, aguardamos ansiosamente pelo o que as seis meninas podem produzir nos próximos anos. Enquanto isso, não deixe de ouvir o primeiro mini-álbum do grupo nas principais plataformas de streaming!

Escute “STEREOTYPE” e não deixe de acompanhar mais do conteúdo de k-pop do ROCKNBOLD!

5/5
Total Score
Total
0
Shares
Related Posts
Leia mais!

Origin of Symmetry: 20 anos de um dos melhores álbuns do Muse

Vinte anos após a concepção do trabalho mais audacioso do trio de Teignmouth, Origin of Symmetry ganha um som reimaginado no relançamento "XX Anniversary RemiXX", além de um novo e grandioso significado no coração dos fãs. O disco se consagra como a evolução necessária e ambiciosa que escreveu o nome do Muse na história do rock, marcada pela ousadia e megalomania de três mentes que se recusavam a fazer mais do mesmo.