Você deveria conhecer o “E A Terra Nunca Me Pareceu Tão Distante”

E ouvi-los também
foto por Larissa Zaidan

Depois de muito pensar sobre quem eu iria escrever pela primeira vez aqui, finalmente me veio a cabeça uma das bandas que mais gosto nos últimos 2 anos (sou péssima com números). A cada ano que passa bandas instrumentais tem ganhado destaque e há uma grande variedade delas mundo afora e principalmente no nosso país.

Conheço o E A Terra — vou usar no diminutivo pois longo demais — já fazem aproximadamente uns dois anos e até agora tive uma única oportunidade de assisti-los ao vivo e com a Ventre. A banda é de São Paulo, formada por Lucas Theodoro (Guitarra), Luden Viana (Guitarra), Luccas Villela (Baixo) e Rafael Jonke (Bateria). Em sua discografia temos os EPs “E A Terra Nunca Me Pareceu Tão Distante” (2013), “Vazio” (2014), “Medo de Morrer/Medo de Tentar” (2016). Singles “HIP 13044b” (2013), “Luz Acesa” (2014), e o primeiro álbum de estúdio “Fundação” lançado em 2018 pelo selo Balaclava Records. Já rodaram muitas cidades do país, tocaram em muitos festivais e este ano será uma das atrações do terceiro dia do Lollapalooza Brasil. Aliás será a primeira banda instrumental na história a tocar no festival.

Rock alternativo, post rock, mas evoluindo e expandindo os horizontes em suas influencias no ultimo disco. É muito provável que gostar de música instrumental requer um pouco mais de paciência, perder a ânsia de aguardar o sussurro de uma voz. Nos contam histórias mesmo que por sons, podem servir de trilha sonora sem ao menos percebermos.

A sensação que a banda passa em suas músicas vai da reflexão mais profunda até a forma mais agressiva de expor sentimentos escondidos nas partes mais complexas do nosso ser. Todas as músicas são um convite a imaginação e interpretação, acrescentando experiências do dia a dia e lembranças já passadas.

Você ouvindo de casa percebe o quanto a banda explora a sonoridade, principalmente no ultimo disco. Temos muitas camadas de guitarras, timbres, a marca do baixo e bateria (inclusive uma musica com saxofone que vocês terão que ouvir pra descobrir qual é), e pela primeira vez uma musica “cantada”. Mas é ao vivo que você sente melhor a intensidade, complexidade e ao mesmo tempo simplicidade de como o som é e de como tudo isso é traduzido pela banda em sua apresentação.

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