The Maine: um ranking do pior ao melhor álbum

Sem dúvida The Maine é um dos nomes na indústria musical que prova não ser necessário se encaixar em um gênero para produzir boa música. Formado em 2007, a história do grupo é completa de acontecimentos e sucessos que o torna único: John O’Callaghan, Jared Monaco, Garrett Nickelsen, Pat Kirch e Kennedy Brock fizeram história e são um real exemplo de como os fãs são o principal fator que levam um artista ao estrelato.

Na história da banda, há a transição de gravadoras até a decisão de criar o próprio selo musical e se lançar como artista independente, uma turnê inteira gratuita pensada nos mínimos detalhes para o público, a criação de um festival para bandas pop punk, sete álbuns de estúdio e uma incrível e imensa legião de fãs ao redor do mundo.

Nesta sexta-feira, o vocalista John O’Callaghan lançará seu primeiro álbum de estúdio sob o projeto solo John The Ghost, e enquanto o projeto I Only Want to Live Once ainda não chega às plataformas digitais, o ROCKNBOLD separou uma lista com toda a discografia de sua banda, o The Maine e (tentou) classificar do pior ao melhor, com detalhes sobre a produção e lançamento de cada um, bem como faixas que você não pode deixar de conferir.

7. Black & White

O segundo álbum de estúdio do The Maine foi lançado em 13 de junho de 2010, exatamente um ano após a banda ter assinado com a Warner Bros. Records. Black & White chegou com uma abordagem mais madura e comprometida nas letras, dando um passo à frente de Can’t Stop Won’t Stop. Com isso, a banda afastou a impressão “emo” deixada pela Fearless Records e mostrou claramente a presença da nova gravadora que o quinteto estava fechado.

O álbum, no entanto, não teve a melhor recepção da crítica especializada apesar da forte campanha de lançamento do trabalho, que incluiu uma livestream de 24 horas por meio do MySpace com direito a performances acústicas exclusivas das faixas e prêmios para os fãs. A Alter The Press, na época, descreveu o Black & White como uma “confusão”, com faixas que podem se perder e cair no esquecimento. O destaque da publicação foi o single Inside of You, que, segundo a revista, “agrada a alguns, mas com o álbum como um todo, é bastante esquecível.”

Não deixe de ouvir: Inside of You, Saving Grace e Don’t Stop Now

6. You Are OK

Entrando numa posição polêmica, já que estamos falando do último álbum lançado pelo grupo, You Are OK, que chegou às plataformas digitais no fim de março de 2019 com lindas fotos promocionais e um single promissor, Numb Without You.

O lançamento foi antecipado com uma publicação do vocalista John O’Callaghan no Instagram que dizia “Somos nós, pela primeira vez, realizando uma visão que tínhamos desde a concepção até o produto acabado.” A expectativa era inevitável por dois fatores, os fãs esperavam ver uma identidade jamais vista da banda no trabalho, além de suceder o excelente Lovely Little Lonely, de 2017. A tarefa não era fácil, o que torna a frustração compreensível.

A crítica recebeu You Are OK ressaltando a importância de trazer questões sobre a saúde mental em praticamente todas as faixas, mas descreveu a banda como “muito ambiciosa, mas da maneira errada.” A conclusão geral é que o sétimo trabalho de estúdio do The Maine não é ruim e muito menos dispensável, “modos nós sabemos que eles podem fazer muito melhor do que isso.”

Não deixe de ouvir: Heaven We’re Already Here, I Feel it all Over e My Best Habit

5. Can’t Stop Won’t Stop

O primeiro disco de uma banda deve ser marcante: ele dá jus ao famoso ditado “a primeira impressão é a que fica”. Com o The Maine, não foi diferente, Can’t Stop Won’t Stop traz logo em seu título uma referência a um dos maiores sucessos entre suas faixas: a canção I Must Be Dreaming.

O álbum foi lançado pela Fearless Records, selo que na época possuía grandes nomes do pop punk, como Mayday Parade e Forever the Sickest Kids. O The Maine acabou sendo reconhecido como uma banda pop punk inicialmente, não apenas pelo selo musical que os lançava, mas também pela divulgação durante a Vans Warped Tour e as tradicionais questões do gênero abordadas nas composições, com uma pegada romântica e jovial.

Can’t Stop Won’t Stop não é o melhor álbum da banda, mas possui um peso muito maior em sua carreira justamente por ter sido o primeiro. Além disso, o trabalho foi responsável por lançar canções como Into Your Arms, Everything I Ask For e Whoever She Is, que se não fossem o sucesso, talvez o The Maine não estaria onde está hoje.

Não deixe de ouvir: Everything I Ask For, Time To Go e We All Roll Along

4. American Candy

A quarta posição soa injusta demais para um trabalho tão bom quanto o American Candy, mas é justamente pelo The Maine ter títulos tão excelentes em sua discografia que torna um ranking tão difícil de ser elaborado. O quinto álbum da banda chegou em 2015 com uma estética e conceito que quando mesclados às temáticas propostas tornam o trabalho praticamente imbatível.

American Candy mergulha de cabeça na crítica social e política com Diet Soda Society e já adianta assuntos como a saúde mental e autoestima com as faixas 24 floors e My Hair, sem deixar de lado o coração jovial da banda na faixa Another Night on Mars — como um todo, o álbum é um trabalho completo e enfatiza ainda mais a liberdade criativa do grupo como artista independente. É o segundo lançamento de The Maine pela 8123, dando sequência à qualidade adiantada por Forever Halloween.

O trabalho foi muito bem recebido pela crítica especializada, que descreveu o álbum como “um som pop contemporâneo polido que combina com a abordagem forte, mas melodiosa da banda”. 

Não deixe de ouvir: Miles Away, (Un)Lost e Another Night on Mars

3. Lovely Little Lonely

The Maine Lovely Little Lonely

Voltando à estética e direção de arte monocromática, Lovely Little Lonely chegou em 2017, anunciado bem no início do ano e logo teve a Era estreada com o single Bad Behavior, que agradou facilmente quem gostou das músicas do American Candy.

A sequência entregou trabalhos de tanta qualidade quanto, como a canção Taxi, Black Butterflies and Déjà Vu e Do You Remember?. O álbum foi lançado em abril, conquistando o público e a mídia e confirmando mais um acerto da banda ao trazer um trabalho atemporal, mesmo no primeiro impacto.

A Alternative Press pontuou que Lovely Little Lonely é “o melhor lote de canções do The Maine desde Pioneer, o material mais cativante desde Can’t Stop Won’t Stop e seu trabalho mais coeso até agora.” O sexto álbum da banda só provou mais uma vez que a liberdade criativa e o desprendimento de apenas um gênero musical é apenas uma evolução para sua qualidade de som que mantém a fidelidade dos fãs antigos aos mais novos.

Não deixe de ouvir: Black Butterflies and Déjà Vu, The Sound of the Reverie e How do you Feel?

2. Pioneer

The Maine Pioneer

O Pioneer foi um álbum decisivo na carreira do The Maine. É o terceiro álbum de estúdio da banda, com uma proposta totalmente diferente do que os fãs já viram em sua carreira, já que pela primeira vez estavam lançando um trabalho sob seu próprio selo musical, sem grandes gravadoras por trás.

O terceiro álbum da banda desprende-se dos cenário apresentado em Can’t Stop Won’t Stop e Black & White, que vendiam o The Maine como um nome pop punk. Por outro lado, Pioneer traz uma proposta muito mais madura e a fim de explorar uma nova identidade, como adiantado logo na primeira faixa, Identify.

Esse trabalho mexe com atmosferas e explora diversas questões bem distribuídas pelas faixas. Também é perceptível ver o quão os integrantes e o próprio vocalista estão à vontade no terceiro disco, cantando sem o auxílio de autotunes em I’m Sorry, que promete atingir não só os fãs antigos, mas os que conheceram a banda por Pioneer.

Não deixe de ouvir: Like We Did (Windows Down), Identify e Jenny

1. Forever Halloween

The Maine Forever Halloween

O Forever Halloween foi lançado em 2013 e até hoje prova ser um álbum muito a frente de seu tempo, o que justifica talvez sua má recepção pelos fãs na época. O trabalho vem carregado de conceito e traz uma força significativa que vem muito de ser o primeiro álbum pela 8123.

No Metacritic, Forever Halloween acumula uma nota de 72 pontos baseados em quatro críticas especializadas. Na época, a Kerrang! descreveu o trabalho como o que fez “o The Maine finalmente encontrar seu lugar feliz.” Por ter enorme importância em sua carreira, é o melhor álbum da banda justamente por vir em uma época de liberdade musical e criativa e antecedendo trabalhos que surpreenderiam em termos de qualidade.

A Alternative Press relembrou um comentário que John O’Callaghan, em que o vocalista revelou que desejava “colocar mais de si mesmo” nos trabalhos da banda. “No Forever Halloween, ele faz exatamente isso”, coloca a revista. “O The Maine conseguiu alcançar essa façanha desde o destaque da carreira de 2011, Pioneer.”

Não deixe de ouvir: Love & Drugs, These Four Words e Sad Songs

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