Spiritbox se consolida como um dos nomes promissores do metal em Eternal Blue

Com uma sonoridade moderna e única, o Spiritbox se afirma como um dos nomes mais interessantes do metal e entrega um dos melhores trabalhos de 2021
Spiritbox Eternal Blue | goetiamedia

Uma das bandas que vem ganhando cada vez notoriedade no cenário da música pesada é o Spiritbox. Formada por Courtney LaPlante (vocais), Mike Stringer (guitarras) e Bill Crook (baixo), a banda vem fazendo barulho no mundo da música e angariando cada vez mais fãs ao redor do mundo. No dia 17 de setembro de 2021, o Spiritbox lançou seu tão aguardado álbum de estreia, o primoroso Eternal Blue.

Criada em 2016, em Vancouver, Canadá, a banda do casal Courtney e Mike explora diferentes vertentes musicais em sua sonoridade, criando assim uma identidade única para sua música. Misturando metalcore, djent, metal progressivo, post-metal, metal alternativo, nu metal e doses de música eletrônica, o som do Spiritbox é algo difícil de se rotular, chamando a atenção de quem procura algo diferenciado e moderno para ouvir.

Com apenas dois Ep’s lançados, Spiritbox (2017) e Singles Collection (2019), a banda já conquistou uma base sólida de fãs e a expectativa em volta do álbum de estreia era bem alta. O hype ficou ainda maior com o lançamento do single Holy Roller, que chegou às plataformas de streaming no dia 3 de julho de 2020, colocando a banda novamente no radar de novidades e preparando o terreno para Eternal Blue.

O álbum é um verdadeiro mergulho no vasto mundo do Spiritbox, cheio de detalhes e percepções que são descobertos a cada audição. O instrumental diversificado presente nas canções transita por inúmeros caminhos e gêneros, sendo complementado pelos vocais atordoantes de Courtney.

A vocalista tem um vocal hipnotizante, além de possuir um alcance impressionante. A mescla entre vocais limpos e melódicos, com guturais rasgados e poderosos, é um dos maiores destaques de Eternal Blue. Tudo se completa e funciona perfeitamente dentro da obra, não abrindo espaço para deslizes ou momentos desnecessários na construção das músicas.

Eternal Blue é excelente como um todo. As 12 faixas presentes no disco tem um nível de qualidade fora da curva, deixando o trabalho irretocável. Apesar de todas as músicas contarem com uma performance acima da média, existem alguns destaques no álbum que merecem uma atenção especial.

A faixa de abertura, Sun Killer, cria uma ambientação envolvente e peculiar, colocando o ouvinte em total imersão com o universo de Eternal Blue logo nos primeiros minutos da obra. Hurt You tem um instrumental calcado no nu metal, reaproveitando os melhores elementos do gênero e colocando a personalidade única do Spiritbox na faixa.

Com peso e agressividade, Holy Roller mostra todo o potencial da banda em criar um som furioso com as melhores influências de metalcore. E para afirmar ainda mais a presença do metalcore no extenso catálogo de influências do Spiritbox, o vocalista do Architects, Sam Carter, marca presença na excelente Yellowjacket. Circle With Me é um dos melhores momentos de Eternal Blue. Com um baixo pulsante, a canção dá palco para os belos vocais de Courtney, mostrando toda sua habilidade e beleza vocal.

Eternal Blue é moderno e inovador. O álbum abusa de diferentes influências para criar algo único e mergulhar o ouvinte em um mundo de possibilidades e experiências. A estreia do Spiritbox correspondeu com segurança ao hype criado desde o anúncio da data de lançamento do disco, colocando a banda em evidência no cenário musical. Eternal Blue é um dos lançamentos mais interessantes do ano e mostra que o metal ainda consegue inovar e evoluir com personalidade.

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