Pela quinta vez no Brasil, a banda Metronomy desembarcou com quatro datas para shows aqui após um 2019 com datas em diversos festivais e diferentes países, incluindo Japão e Chile.
O sétimo disco da banda, “Metronomy Forever” tem um formato diferente do que estamos acostumados. O lançamento em setembro mostrou que ainda temos espaço para álbuns longos (neste caso, com 17 faixas) e fazê-lo encaixar-se em uma turnê, a mesma responsável por trazê-los ao país. A banda já está familiarizada com o país, afinal, é a quinta passagem deles pelo Brasil: em 2009, 2011 e 2014 pelo Popload, para o Popload Festival e em 2018 no Lollapalooza.
Os britânicos que possuem o som do verão desembarcaram em São Paulo para trazer a Riviera Inglesa (nome também do quarto álbum de estúdio) para a nossa cidade! Após um dia ensolarado, os fãs curtiram o clima de veraneio que eles transmitem em suas músicas, mesmo em uma casa de shows fechada, a Audio.
A setlist foi bem diversificada, trazendo nove das dezessete músicas do novo projeto, em um total de vinte músicas e duas para o bis, tão pedido pelo público. A última música foi “Radio Ladio”, pertencente ao segundo álbum.
As músicas que o público cantou á plenos pulmões foram “The Bay”, “Love Letter” e “The Look”, que já embalaram muitas baladas indies de São Paulo. Surpreendentemente, nas duas primeiras, fizeram coro até para as melodias: “Pã pã, pã parãm, pã pã pã, pã pãram”.
Conforme o show seguia, “Corinne” e “Everything Goes My Way” foram agradáveis surpresas ao vivo, por conta do destaque ao vocal da Anna Prior, baterista do Metronomy. Em “Reservoir”, o destaque ficou para as dancinhas sincronizadas entre o Olugbenga Adelekan (baixista) e Michael Lovett (teclado). Ao longo da apresentação, os olhos atentos de Oscar Cash (teclado) e suas danças solitárias também chamavam a atenção do público, que ficava atordoado com tantas informações acontecendo no palco, apesar das roupas simples e as luzes fortes e estouradas em muitos momentos.
Em “Boy Racers”, o instrumental era o mais importante e ressaltar a sonoridade da banda, as luzes entre azul e celeste dançando ao fundo, como se balançasse junto com o público, era apenas mais um elemento que ampliava o momento artístico e a atmosfera criada pela banda: o entrosamento dos músicos e a plateia foi ditado apenas pela música. Um show não apenas para os ouvidos e olhos, mas onde o significado do nome da banda fez total sentido. Joseph Mount (vocalista e guitarrista) disse que o público em São Paulo é maravilhoso para eles algumas vezes ao longo do show.
Sobre as músicas do álbum mais recente, “Lately” e “Salted Caramel Ice Cream” merecem destaque, não somente por embalar o público, mas também porque percebemos que foram as que mais funcionaram ao vivo, ainda mais para o público brasileiro, que gosta de cantar bem alto o refrão.
O ponto altíssimo ficou para “The Look”, que ganhou coro de melodia e letra, provando que ela não é apenas para festivais, mas que funciona bem em locais fechados também.
Para o Bis, deixaram “Upset My Girlfriend” e “Radio Ladio”: a junção perfeita entre o mais recente e o segundo álbum lançado, como uma cápsula do tempo em poucos minutos. Em clima de nostalgia, se despediram do palco, deixando uma certeza para os fãs brasileiros: podem voltar quantas vezes quiserem!
Para quem não quer perder os últimos shows do Metronomy no Brasil, temos uma boa notícia! Eles tocarão dia 11 de dezembro no Rio de Janeiro, no Sacadeira e no dia 13 em Porto Alegre, no Opinião. Confesso que iria nos dois se pudesse, então não percam essa oportunidade!
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