Final de janeiro chegando e aquele gostinho de festas de final de ano já está cada vez mais distante. A realidade de horas intermináveis de trabalho já voltou pra rotina e para afastar esse sentimento, o ROCKNBOLD reuniu 7 artistas indie para te ajudar a superar a semana. Então, para te amparar nesse momento difícil que é a chegada da segunda-feira, iremos indicar novas músicas para entrarem nas suas playlists.
“It Ain’t Easy” de Mog Jones
Para os amantes de rock, o título “It Ain’t Easy” relembra imediatamente da faixa presente em The Rise and Fall of Ziggy Stardust… (1972), emblemático álbum de David Bowie. No caso de Bowie, a canção interpretada por ele é grandiosa, cheia de elementos que se misturam – os teclados, sua voz que empolga no refrão e uma bateria marcada. No caso de Mog Jones, a música que estará presente em seu próximo álbum só é parecida com Bowie no título. Propositalmente simples, ela segue o modelo “clássico” de formação de banda, com o vocal acompanhando bem guitarra, baixo e bateria. O instrumental que soa até um pouco cru – quase algo que poderia ter vindo do The White Stripes – leva a composição a um patamar bastante interessante, com a voz de Mog suavizando a agressividade dos instrumentos. Em uma combinação certeira de uma leve agressividade e delicadeza, “It Ain’t Easy” é uma canção de rock que só acerta em sua contradição.
“It Ain’t Easy” está disponível no Spotify e em nossa playlist de descobertas da plataforma Musosoup!
“All For It” de Masok
Para os fãs de indie pop e synth-pop, “All For It” da banda Masok é um prato cheio dos dois gêneros musicais. Os sintetizadores e a bateria eletrônica compõem a base da música, orientando o ouvinte para uma viagem em meio ao som do grupo de Tel Aviv. Levando um groove para a faixa, uma guitarra repetitiva ecoa ao fundo, nos direcionando ainda mais para a aventura musical que eles querem nos proporcionar. No refrão, uma explosão sonora é liderada pela voz de Jenny Penkin, vocalista e compositora do grupo, com seu vocal em um primeiro plano acompanhando o ritmo da bateria e ao mesmo tempo sendo sua própria backing vocal. É interessante também reparar nas mudanças sonoras ao longo de “All For It”, com o baixo assumindo um dos papéis principais mais para a metade da música. Para quem quer fugir do pop tradicional, Masok é uma boa escolha.
“All For It” está disponível no Spotify e em nossa playlist de descobertas da plataforma Musosoup!
“The Idea of Having a Boyfriend” de Post Home
Que a Inglaterra nos apresenta grandes bandas de rock todo mundo sabe… E Post Home é mais uma delas! Diretamente de Sunderland, o trio de rock alternativo é capaz de fazer o ouvinte mergulhar em seu som. “The Idea of Having a Boyfriend” já começa explosiva, com voz, bateria e baixo sincronizados em uma marcação pesada. Porém, esse sentimento de que a canção será milimetricamente encaixada logo some no final dos primeiros versos. Com muitas viradas dos instrumentos, a música muda constantemente, se inovando a cada instante. Com uma performance especial, o trio percorre por diversas referências do indie, passando desde o som mais pesado para o mais melancólico – e tudo dentro dos 3 minutos e 34 segundos de duração da faixa. Com uma dinâmica excepcional entre o vocalista e o baterista, “The Idea of Having a Boyfriend” é a música certa para os que adoram os principais elementos do rock alternativo, mas que estão cansados da mesmice que o estilo musical muitas vezes apresenta.
“The Idea of Having a Boyfriend” está disponível no Spotify e em nossa playlist de descobertas da plataforma Musosoup!
“Be Good” de Carsie Blanton
Misturando folk, jazz e pop, Carsie Blanton apresenta seu novo single “Be Good”. No melhor estilo old school, a cantora e compositora norte-americana mostra como sua bela voz também é boa para contar histórias. Um antídoto para a insanidade dos dias atuais, a canção brinca com o sentido dos valores morais, chegando até a dizer que “não existe nada mais criminoso do que a bondade”. Se divertindo ao contar fatos sérios, porém, sem perder o equilíbrio, “Be Good” é uma ótima faixa para aqueles que querem fugir do estilo musical que tradicionalmente escutam. Carsie Blanton surpreende em “Be Good” não só pela sua voz e letra, mas também por todo o arranjo que possui o instrumental da música. Na medida ideal para acompanhar a cantora, mas também conseguindo se destacar, a combinação de instrumentos aumenta ainda mais a qualidade do lançamento.
“Predestinate Grooves” de Smotherly Love
Assumindo o nome Smotherly Love, Sam Masters apresenta seu primeiro EP solo. “Predestinate Grooves” possui cinco faixas e dois interlúdios instrumentais que te fazem embarcar de cabeça na viagem sonora que o músico quer nos levar. Mesclar rock alternativo e psicodélico já se mostrou um resultado bastante gratificante na última década – tanto que temos aí Tame Impala despontando como um dos principais nomes do rock internacional. A faixa “Effort vs Reward” vai muito nessa pegada musical de rock psicodélico dos anos 1960, mas também apresentando elementos que a faz ser ótima para os anos 2020. Na leva psicodélica, ainda temos as ótimas “The Slipping Forecast” e “Unsafe Lengths””Places to Be” adiciona ainda uma referência na bagagem do EP: o dream pop, com o sintetizador e a guitarra distorcida se destacando na música. Fechando a obra, “Water, Revisited” se destoa das outras faixas por mostrar um folk calmo e delicado que no final explode em um mix de vozes e sintetizadores. Uma boa escolha para aqueles que querem conhecer um novo artista dentro de 20 minutos, “Predestinate Grooves” é interessante do início ao fim, possuindo um músico empolgado por trás de todas as faixas bem elaboradas e executadas.
“Predestinate Grooves” está disponível no Spotify e em nossa playlist de descobertas da plataforma Musosoup!
“Moss” de Calm Canopy
No início dos anos 2010, fomos apresentados a diversos grupos que tinham como principal proposta combinar o rock alternativo com o pop – até um pouco mainstream. Nesse mix musical, passamos a conhecer bandas que marcaram a cena indie da época, como Young The Giants, Foster The People e Cold War Kids. Resultado do isolamento, “Moss” de Calm Canopy vai pelo mesmo caminho, uma canção agitada e melódica ao mesmo tempo. De acordo com Mark Papaloni, o rosto por trás de toda a composição e produção da faixa, ela é o resultado da solidão em um momento específico da quarentena, quando ele ficou em casa apenas com seus instrumentos e seus dois gatos. O que mais destaca a qualidade da faixa é a performance vocal de Mark, que combina voz principal e backing vocal de forma que as duas dialogam perfeitamente. Na parte instrumental, a bateria marcada e com várias viradas dá ritmo para a canção e a guitarra que vai distorcendo ao longo da faixa faz um belo acompanhamento para a voz do cantor – além de um surpreendente solo antes da metade da faixa. Mais um relato dos tempos estranhos que vivemos, “Moss” é uma pedida certa para diversificar sua playlist.
“Moss” está disponível no Spotify e em nossa playlist de descobertas da plataforma Musosoup!
“Dawn Star” – David Ellis
Com uma melodia suave que favorece sua voz, “Dawn Star” de David Ellis é para os fãs da nova vertente do folk que mescla com o alternativo e o pop. Mostrando que menos é mais, a música é praticamente só a voz de David e seu violão, com a melodia ganhando novas texturas somente somente após quase um minuto de sua duração. Sutil, tranquila e sem se complicar, ela é uma ótima opção para os que querem começar o dia com uma canção mais calma em sua playlist, fugindo de problemas e estresse. “Dawn Star” é o tipo de música que aproxima o ouvinte do músico, a faixa é intimista em sua composição e produção, querendo quase fazer um carinho no ouvido de quem está escutando.
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