No novo MUST LISTEN, o ROCKNBOLD separou 7 músicas para animar o restante da sua semana e diversificar suas playlists!
“sunny days” de Alessandro Cabrini
Alessandro Cabrini é um cantor, compositor e produtor italiano que está destinado a nos apresentar um ótimo indie rock com “sunny days”, seu novo single. Lançando músicas a um pouco mais de três anos, Alessandro normalmente explora elementos do hip-hop, porém, com “sunny days” ele decide sair da sua zona de conforto. Ao nos hipnotizar com um indie rock acelerado, o cantor nos conta sobre sua vida logo após um término. A canção, mesmo com um pouco mais de dois minutos de duração, consegue nos apresentar o cenário completo de “você é uma nuvem em meus dias de sol”, como canta na faixa. Com Alessandro iniciando-a de forma tranquila, o refrão transforma a música, como quando um dia ensolarado fica nublado e surpreende todos. O mais interessante da faixa é perceber como Alessandro é honesto em relação aos seus sentimentos. “sunny days” reúne a urgência encontrada em álbuns memoráveis do início dos anos 2000, como “Room On Fire” do Strokes, com um pouco da sensibilidade raivosa do Editors em “The Back Room” e Yeah Yeah Yeahs em “Fever To Tell”.
“sunny days” está disponível no Spotify e em nossa playlist de descobertas da plataforma Musosoup!
“herbal tea” de Rory and the Reverie
Diretamente de seu quarto, Rory Duffy compôs e produziu “herbal tea”, uma canção sobre perceber ao longo da pandemia que você prefere passar uma noite em casa do que fora. Apostando em um indie rock com elementos do folk e math rock, “herbal tea” é uma faixa para dias tranquilos, daqueles em que você só quer ficar relaxando. Essa sensação se dá pelas guitarras delicadas que acompanham a voz de Rory, criando um ambiente aconchegante para o ouvinte. Artistas que incorporam o estilo DIY estão crescendo cada vez mais e Rory é uma demonstração de como uma faixa “faça você mesmo” deve ser feita – de acordo com o artista, ele mixou a música após assistir tutoriais no YouTube. A serenidade é o que mais encanta no trabalho, transformando “herbal tea” em uma experiência sonora incrível. Aliás, a ideia de ser um som caseiro é tão bem abraçada por Rory, que até o som de sua chaleira fervendo foi adicionada na canção. Resumindo, “herbal tea” é a opção certeira para dias preguiçosos que precisam de um empurrãozinho sonoro para animar.
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“Never Know” de An Hour a Minute
Diretamente de Toronto, An Hour a Minute está destinado a te levar numa viagem nostálgica até os anos oitenta! “Never Know” é um coquetel de mistério e familiaridade, com o duo ao mesmo tempo que utiliza de elementos de canções clássicas, consegue colocar sua marca pessoal no single. Na faixa, a banda aposta nos sintetizadores para criar toda a base de “Never Know”. A escolha é acertada, pois o clima refrescante do instrumento transforma a experiência em uma aventura sonora. Além disso, somando a guitarra, baixo e a batida eletrônica, realmente parece que estamos em um cenário da década de 1980. Também não podemos deixar passar despercebida a forma como o vocal agrega a canção como um verdadeiro instrumento, se fundindo com o sintetizador. Nos últimos anos, inúmeros artistas usaram do synth pop como inspiração e “Never Know” é um ótimo exemplo de como beber numa fonte nostálgica pode resultar em ótimos trabalhos. Para os fãs de “I Can Change” do álbum solo do Brandon Flowers do The Killers, An Hour a Minute não pode ficar de fora das suas playlists.
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“Memory Lane” de Ellis Jones
Nos últimos anos, Ellis Jones vem desenvolvendo seu som e promovendo suas músicas nas principais casas de show de Bristol e Birmingham. Agora, com “Memory Lane”, o cantor apresenta uma faixa de rock alternativo que evoca uma sensação de alegria e possivelmente desespero tentando encontrar alguém para amar. “Memory Lane” começa tranquila, com a guitarra ambientando o ouvinte. Logo depois, a voz marcante de Ellis entra e imediatamente encanta o ouvinte, é quase impossível não ficar fascinado pela forma do artista de cantar e se expressar. O refrão é ótimo de cantar e facilmente ficará grudado na cabeça, além disso, soma ao vocal glamoroso de Ellis todo o instrumental da faixa, que a todo instante transforma a “Memory Lane” em uma música cativante. Chegando ao final da canção, o artista ainda consegue surpreender com uma virada, energizando “Memory Lane” até o instante final. Para quem se interessar pelo artista, também vale ouvir “Wander”, música também lançada por ele em 2021.
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“Cascade” de Alas de Liona
Com nomes como Phoebe Bridgers, Julien Baker e Lucy Dacus, o indie folk vem se consolidando como um dos gêneros mais interessantes da música alternativa nos últimos anos. Somando mais um grande nome para esse grupo de artistas, Alas de Liona lança “Cascade”, single que faz parte de Radio Astronomy, novo EP da cantora norte-americana que reside na Escócia. A música conta uma história de uma perda e memórias dolorosas. O que encanta em “Cascade” é a voz da artista, que imediatamente envolve os ouvidos de quem está apreciando a faixa. O teclado ao fundo dita o tom da faixa, mas o que chama a atenção é a voz marcante da cantora. Outro ponto interessante de observar é como os outros instrumentos só entram quase na metade da canção. Assim, Alas de Liona consegue segurar a atenção do ouvinte com sua voz por quase dois minutos. Comovente, “Cascade” só melhor a cada segundo da música. Quando os outros instrumentos entram, a faixa fica ainda mais poderosa. Alas de Liona é um nome que deve ser guardado na memória e não deixar passar despercebido.
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“Everything We Wanted” de somnun yüth
Formado por Ryan Yeatman, George Psacharopoulos e Gavin Rudman, somnun yüth é uma banda norte-americana de indie rock com uma pegada de dream pop. Em “Everything We Wanted”, o trio relata a tentativa de tentar encontrar o amor ideal em alguém, com o passado ainda atormentando. A faixa é simples, com os instrumentos tradicionais – guitarra, baixo e bateria – tomando conta do instrumental. Eles ajudam a montar um cenário sereno, com a linha de guitarra se destacando, como se fosse uma segunda voz na canção. Na parte vocal, é interessante reparar como o vocalista não se sobrepõe ao restante, mas integra perfeitamente aos instrumentos, criando uma camada única. “Everything We Wanted” possui uma sensação calma que é imediatamente transmitida para o ouvinte, a tranquilidade da canção é tão bem executada que quando a música acaba, fica um gostinho de quero mais, pois fica a vontade de sentir toda essa paz de novo. Com “Everything We Wanted”, somnun yüth se apresenta como um grupo interessante da cena indie rock estadunidense e se torna uma ótima dica para fãs de Dayglow, Wallows e boy pablo.
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“Bright Red” de Bailey Tomkinson
Usando sua voz para lutar por uma causa importante, Bailey Tomkinson lança “Bright Red”, faixa em que canta sobre a gentrificação que afeta Carbis Bay, local em que nasceu e cresceu. Na região, os moradores tradicionais estão vendo a baía britânica ser destruída por um hotel. “Eu amo minha casa e precisamos protegê-la daqueles que vão tirar ela da gente, mas não a devolver”, conta a artista. Na canção, Bailey passa sua importante mensagem acompanhada por sua guitarra. Juntas, são um par perfeito, transformando “Bright Red” em um hino do modern folk, uma canção de protesto bem executada e que ao mesmo tempo que chama a atenção para a causa da artista, também consegue impressionar pela performance emocionante de Bailey. No caminho certo para o sucesso no público mainstream, “Bright Red” de Bailey Tomkinson é a mistura perfeita de Carole King na década de 1970 com as melhores composições de Taylor Swift. A jovem é definitivamente um nome que ainda será muito falado.
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