Termômetro K-Pop #22: Key, WOODZ, N.Flying e muito mais!

Para não deixar nenhum lançamento do k-pop passar despercebido, o ROCKNBOLD listou as principais novidades da última quinzena, incluindo Key, WOODZ, N.Flying e muito mais.

JO YURI – GLASSY

Após o disband do Iz*One, os fãs ficaram ansiosos esperando notícias dos próximos passos das ex-integrantes. A primeira a debutar novamente foi Kwon Eun-bi, que surpreendeu com seu mini-álbum OPEN. Agora, foi a vez de JO YURI se lançar em carreira solo com GLASSY, primeiro single album da idol. “GLASSY” é animada e consegue mostrar o carisma da cantora, apresentando o melhor de sua voz. Além disso, o single é acompanhado da b-side “Express Moon”.

HOT ISSUE – ICONS

Em abril, HOT ISSUE debutou com Issue Maker, mini-album de estreia do girl group. Após “GRATATA”, o septeto retorna com um single-album liderado por “ICONS”, faixa de comeback do grupo. Apostando no conceito girl crush com bastante atitude, “ICONS” pode surpreender um novo ouvinte buscando conhecer novos grupos do k-pop.

Ciipher – Blind

Primeiro grupo da Rain Company, Ciipher realizou seu debut em março de 2021 com o single “I like You”. Em seu novo mini-álbum, o septeto retorna com “Blind”, faixa que lembra o single anterior do grupo ao mostrar uma canção alegre acompanhada por vocais doces dos meninos. No entanto, ao compararmos as duas faixas, já podemos perceber um amadurecimento dos integrantes, apontando para uma nova direção do Ciipher.

ITZY – Crazy In Love

Desde seu debut com “Dalla Dalla”, ITZY continua sua jornada no eletropop com músicas confiantes. No mais novo capítulo do girl group da JYP Entertainment, o quinteto lança seu primeiro full album. Crazy In Love sintetiza para o bem e para o mal toda a trajetória do grupo até o momento, com músicas poderosas, mas que se perdem em uma produção confusa e exagerada.

A melhor surpresa de Crazy In Love é “SWIPE”, b-side do álbum em que as relações digitais são plano de fundo para uma letra sobre amor próprio. Outro destaque da obra é “#Twenty”, faixa em que elas cantam sobres as inúmeras possibilidades da vida adulta.

WOODZ – Waiting

Woodz com certeza é um dos artistas mais únicos do k-pop, conseguindo se aventurar com maestria por meio de diversos gêneros musicais. Como em seu trabalho anterior, “Waiting” abraça o rock, mas agora com um pouco menos de sensualidade na guitarra. A fórmula da música é simples, quase que genérica na música pop. O violão que fornece o ritmo e batidas que misturam bateria e palmas, mas que funcionam para deixar o clima mais tenso e dramático. “Waiting” conquista na emoção, a voz leve e envolvente do idol é o que cativa imediatamente o ouvinte. Em seu novo single, Woodz acerta ao combinar elementos comuns da música pop com sua própria noção de arte.

Key – BAD LOVE

Em seu primeiro mini-álbum, Key lança um dos melhores trabalhos do pop mundial em 2021. No ano passado, vimos o k-pop apostar nos anos 1980, com quase todos os principais grupos mergulhando de cabeça no conceito retrô. No entanto, Key dá um passo mais aperfeiçoado em BAD LOVE, em que mesmo com referências ao passado, as seis músicas do EP transformam as referências do artista em faixas modernas.

A faixa título é intensa do início ao fim, com os sintetizadores de plano de fundo para a história sobre um relacionamento tóxico. “Helium” continua a tensão de “Bad Love” e é ousada a mudar toda a estrutura tradicional da música pop. Já “Saturday Night” é um momento mais refrescante em meio aos sentimentos conturbados das letras. O mais impressionante de BAD LOVE é que não é somente uma homenagem, tudo é inovador, mas com um toque familiar.

AB6IX – MO’COMPLETE

O grupo AB6IX volta no segundo semestre com seu novo álbum, MO’COMPLETE, lançado em 27 de setembro. Através das 10 faixas demostram também amadurecimento e diferentes sonoridades desde o início. O projeto inicia com “SHOWDOWN” em um ritmo acelerado e segue assim até “CHERRY”, single que tem o amor como tema central.

“DOWN FOR YOU” tem um toque de pop latino no instrumental em um ritmo frenético nas rimas. A partir de “DO YOU REMEMBER”, temos a fase soft pop no álbum, com algumas passagens aceleradas pontuais para não deixar de transmitir a delicadeza das faixas. “SIMPLE LOVER”, penúltima música de MO’COMPLETE volta a acelerar o ritmo em um pop que une eletrônica em um refrão dançante. “3”” encerra o projeto em uma balada pop romântica atual, provando que o grupo consegue flutuar em diferentes estilos e referências musicais com excelência.

PIXY – Fairyforest: Temptation

Desde seu debut em fevereiro deste ano, PIXY continua evoluindo e conquistando mais pessoas em cada lançamento. No EP que teve lançamento em 7 de outubro, trouxeram um pouco mais de seu universo sonoro, com uma qualidade superior a apresentada anteriormente. Após o lançamento do álbum FAIRY FOREST: Bravery, já sabíamos a direção sonora que o grupo tomaria.

“Intro (End of the forest)” já abre o álbum mostrando a dualidade do instrumental, ora sombrias, ora pop. “Addicted” mostra o salto na qualidade de produção e trouxe a mescla que forma o grupo, mas com uma produção elaborada, tanto no clipe quanto na melodia, unindo vozes suaves e momentos com o instrumental denso. “Bewitched” é sombria desde o início, com influências do trap, brincando com os vocais e efeitos que podem direcionar o ouvinte para algo doce, mas também amedrontador. “Moonlight” mostra o lado ensolarado da floresta, em um som predominantemente pop, com toque de fantasia que é um dos elementos essenciais na sonoridade do grupo. “Still With Me” é uma balada de piano suave, mas que não deixa a essência do dualismo do universo de PIXY nos momentos em que o vocal é mais energético.

As faixas restantes do EP contam com as versões em inglês de “Bewitched” e “Moonlight”, além das versões instrumentais de “Moonlight” e “Addicted”.

Golden Child – DDARA

Golden Child faz seu comeback com a versão repackaged do 2nd Album: Game Changer, DDARA. O álbum em si continua com as 11 faixas do anterior, mas foram adicionadas as b-sides “DDARA” (que dá nome ao álbum) e “OASIS”.

“DDARA” tem uma composição interessante dos vocais, com um instrumental brilhante que passeia num gênero mais funky e soul, com um balanço interessante e dançante. “OASIS” foi escrita e composta por TAG, falam da relação de amor que tem com a música e a gratidão pela oportunidade do grupo de ter os fãs e trilhar essa jornada musical com os outros membros. Definitivamente a versão repackage fez eles darem notoriedade para músicas que deveriam ver a luz do dia e chegar ao ouvido dos fãs.

N.Flying – Turbulence

Após a estreia do seu primeiro full álbum, o N.Flying está de volta com o repackage Turbulence, uma coleção que adiciona três novas faixas à tracklist do lançamento anterior, Man on the Moon. O som pop rock característico da banda brilha desde os primeiros momentos do álbum, que abre com a esperançosa title “Sober”. A música retrata a inquietação e ansiedade que acompanham as vivências da juventude, utilizando um avião em turbulência como alegoria para essas sensações. No entanto, a canção traz uma promessa positiva de que, mesmo que passemos por momentos incertos e assustadores, podemos sempre voltar a voar – tal qual o avião.


“Into Bloom”, a segunda novidade do álbum, é uma canção suave e também cheia de emoção. Aliás, entregar canções emocionantes continua a ser uma especialidade do N.Flying. A banda tem uma habilidade única de conseguir oferecer, através de suas melodias e letras, uma experiência repleta de sentimento para seus fãs até mesmo nas suas canções mais animadas.


A terceira e última nova adição do repackage é, inclusive, um desses casos. “Video Therapy” é uma composição divertida e inovadora, com um som inspirado por elementos psicodélicos e alternativos, acompanhados de um baixo dançante e de uma guitarra bem inspirada pelo punk rock. Essa mistura toda resulta em uma melodia completamente inesperada, mas que surpreende no quão bem ela funciona.

Youngjae – COLORS from Ars

Os lançamentos solo dos membros do GOT7 chegaram um atrás do outro após o grupo anunciar que ia deixar a sua antiga empresa, a JYPE. Ao longo do ano, cada um dos integrantes foi encontrando novas formas de demonstrar suas individualidades e de desenvolver suas expressões artísticas pessoais. O vocalista Youngjae era o único integrante que não havia lançado uma obra solo – até agora.


O COLORS from Ars contém um total de sete canções, todas com letra, melodia e produção feitas pelo próprio Youngjae, em colaboração com outros diversos artistas. O álbum traz o tom vibrante e único da voz do artista em uma tracklist que parte de territórios animados e calorosos e termina num ambiente um tanto quanto mais frio e melancólico – tal qual as cores de um arco-íris.


A versatilidade e habilidade dos vocais de Youngjae já não é novidade para ninguém que é familiar com os trabalhos do GOT7, mas é indiscutivelmente refrescante apreciar a obra que o artista apresenta com a nova liberdade criativa que ele agora desfruta.

DOWOON (DAY6) ft. Song Heejin – Out of the Blue

O DAY6 sempre foi famoso por ser uma banda repleta de vocalistas. De todos os integrantes, Dowoon sempre foi o que menos fez participações vocais na discografia do grupo. É por isso, então, que o single “Out of the Blue” foi uma surpresa extremamente agradável para os MyDays. Essa é a primeira vez que o baterista da banda aparece cantando mais que um verso em uma canção, evidenciando mais um talento que o músico tem em seu repertório.


Out of the Blue é uma canção que se equilibra entre o jazz e o pop, com uma melodia bem marcada pelo piano e por elementos eletrônicos que contribuem para a energia fofa e agradável da faixa. A vocalista Song Heejin, que foi a líder do grupo Good Day, é uma adição perfeita ao single, onde seu timbre suave e agudo se destaca e contrasta lindamente com o baixo profundo da voz de Dowoon.

Stray Kids – Scars

O segundo single japonês original do Stray Kids, “Scars”, mostra um lado que não é o que convencionalmente se espera das title tracks do grupo – mas que ainda assim mantém o som único pelo qual são conhecidos. A canção foi lançada no aniversário de 4 anos de “Hellevator”, o primeiro lançamento do grupo cuja letra compartilha da mesma temática do novo single: as dificuldades pelas quais os integrantes do grupo passaram quando eram trainees.


No entanto, enquanto “Hellevator” é uma canção triste que serve basicamente como um desabafo sobre as frustrações do grupo, “Scars” é muito mais esperançosa. Nela, os membros cantam sobre como a jornada pela qual passaram foi difícil, mas passam uma mensagem de inspiração e determinação, acreditando sempre na promessa de um futuro melhor. Mesmo que carreguem as cicatrizes do passado consigo para sempre, declaram que vão continuar em frente e exibir elas com orgulho.


O instrumental da canção transmite também esse sentimento, com um drop surpreendentemente suave composto de um conjunto de synths que dão um ar sonhador e esperançoso ao refrão. É praticamente impossível não identificar elementos semelhantes ao de “Hellevator”, o que traça um paralelo entre as canções também na melodia. Apesar de ainda ter a presença do rap, um dos elementos mais fortes do Stray Kids, “Scars” é fortemente baseada nos vocais dos integrantes – algo refrescante de se ouvir em uma title do grupo e que contribui para a emoção que buscam expressar nesse single.


O álbum do single japonês Scars/Thunderous vai conter três outras canções, sendo elas as versões japonesas de “Thunderous” e de “My Pace”, além de uma faixa inédita intitulada “Call”.

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