Agora é oficial: a decoração de Natal já está nas ruas, panetone está sendo vendido no supermercado e o desespero do arroz com ou sem uva passa já faz parte da rotina. Dezembro finalmente chegou trazendo toda a grandiosidade que um fim de ano como 2019, o encerramento de uma década, pode trazer. E é justamente nessa época do ano que refletimos sobre tudo o que fizemos durante os doze meses que foram repletos de festas, shows, festivais e álbuns que fizeram a nossa felicidade. Entretanto, sempre fica o mesmo questionamento: o que esperar para o próximo ano?
Pensando nisso, e após muita pesquisa, o ROCKNBOLD preparou uma lista bastante seleta dos 10 artistas e bandas que, se já não são conhecidos por você, é melhor se preparar: em 2020, eles estarão na boca do povo. Confira:
Terno Rei
Se você ainda não parou para ouvir (ou não conhece alguém que tenha feito isso), precisa colocar como uma de suas metas de Ano Novo. A banda paulistana surgiu em 2014, mas foi no primeiro semestre de 2019 que conquistaram de vez o cenário musical alternativo após o lançamento do álbum “Violeta”, que trouxe mais maturidade para o grupo. Ainda com pouco mais de 81 mil ouvintes mensais no Spotify, Terno Rei tem repertório de excelente qualidade com mais outros dois álbuns, “Vigília” (2014) e “Essa Noite Bateu Com Um Sonho” (2016). Eles ainda compõem o lineup do Lollapalooza 2020, tocando no segundo dia do festival, 4 de abril.
Rosa Neon
Rosa Neon é digno de férias, calor e muita praia. O quarteto explodiu ainda em fevereiro deste ano com o single “Ombrim”, single do primeiro álbum do grupo, lançado também em 2019 que possui a parceria poderosa de Djonga em uma das faixas principais. O grupo mineiro faz uma mistura de pop, indie e um quê de eletrônico que resulta um som único, gostoso de ouvir e que faz você se sentir mais leve, tal qual o frescor de uma brisa de verão.
André Prando
Ainda no cenário brasileiro, André Prando tem a essência do gênero indie: começou a carreira 100% independente (“Estranho Sutil”, 2015) e conseguiu levantar um segundo álbum de estúdio (“Voador”, 2018) por meio de financiamento coletivo com os fãs, que o conheceram tocando em barzinhos e pubs. O capixaba, mais recentemente, conseguiu assinar com a gravadora Sony Music para os próximos projetos – um desses, inclusive, foi tocar no palco Supernova do Rock In Rio 2019, no último dia do festival.
Tash Sultana
Multi-instrumentista, cantora e compositora, Tash Sultana se define como “banda de uma pessoa só”. E não é para menos: a australiana consegue tirar música de qualquer coisa, mas traz uma vibe bastante simples, porém muito bem produzido, em suas músicas. Desde seu lançamento na indústria, Tash já bateu recordes na Austrália e fez uma passagem pelo Brasil, no Lollapalooza 2018. “Jungle”, seu hit de maior sucesso, sintetiza exatamente seu estilo musical, que é um tanto híbrido com elementos de indie rock, folk e wave music.
Michael Kiwanuka
Ouvir um álbum de Michael Kiwanuka é como abrir um bom livro numa tarde para relaxar. Complexo, profundo e que traz coisas para pensar – como a situação sociocultural, com questões sobre racismo e afins -, o artista britânico estourou nas paradas musicais do Reino Unido ainda em 2016, mas foi em 2019, com o álbum “Kiwanuka”, que Michael trouxe ainda mais maturidade (tanto em produção quanto em composição) para suas obras. “Hero”, por exemplo, é um protesto contra o genocídio de pessoas negras e a brutalidade policial, que além de ser uma música primorosa, tem um clipe tão bom quanto.
Chiiild
Se você procurava um som mais psicodélico, Chiiild será seu novo artista favorito. Com um som sintetizado e que lembra bastante a influência de Danger Mouse em meados dos anos 2000, Chiiild ainda está testando as águas de seu potencial, que tem tudo para se tornar algo ainda mais consistente no próximo ano. O americano tem a intenção de trazer um álbum completo em 2020, mas, por ora, trabalha com alguns singles e boas parcerias, como em “Back To Life”, com Shungudzo.
Peach Pit
Os canadenses da Peach Pit têm tudo para se tornarem os novos queridinhos do indie pop em pouquíssimo tempo. A banda, composta por 4 integrantes, já foi chamada pela crítica como “pop triste” e “chewed bubblegum pop” (chiclete pop mascado, em tradução livre). Ou seja, Peach Pit é provavelmente uma daquelas bandas que você ama ou odeia, mas não pode negar que está fazendo sucesso. Ainda caminhando timidamente, embora que entrando no 4º ano de carreira, a banda saiu em turnê em 2019 abrindo shows para o Two Door Cinema Club, o que aumentou um bocado sua popularidade.
Mon Laferte
Longe do reggaeton que se enraizou na América Latina, Mon Laferte tem uma proposta diferente. A chilena, cantora mais ouvida no Chile na plataforma do Spotify, ficou mais conhecida pelo seu protesto topless no Grammy Latino, o qual ganhou com o álbum mais recente, “Norma” (2018). Entretanto, Mon Laferte é muito mais que isso. Ícone do feminismo, dona de uma voz incrivelmente potente e uma melancolia musical que lembra os mariachis (afinal de contas, Mon Laferte é radicada no México), a cantora traz solidez em todas as suas obras, álbuns apaixonantes que são impossíveis de pular uma faixa sequer.
Des Rocs
O artista já ganhou uma matéria especial no ROCKNBOLD (clique aqui para conferir!), trazendo toda sua genialidade na indústria musical desde 2015, entretanto, agora a história é outra. É possível fazer um estudo de caso com a mudança de estilo que Danny Rocco se propôs a passar em nome da música. Mais agressivo, irreverente e querendo fazer barulho, Des Rocs é um nome que certamente ainda iremos ouvir muito falar não só no ano que vem, mas pelo menos pela próxima década… ou pelo menos é isso o que esperamos. Com aproximadamente um milhão e meio de ouvintes mensais no Spotify, o EP mais recente, “Martyr Parade”, lançado ainda este ano, é uma amostra da mudança de atitude, que serviu como um turning point na carreira do cantor.
Caribou
Caribou, nome artístico do músico, compositor e produtor Daniel Snaith, fecha a lista como mais um nome canadense que aparece por aqui e que aposta no psicodélico, folk e eletrônica. Como isso dá certo? Isso você pode tentar perguntar para ele e para os mais de um milhão de pessoas que o escutam mensalmente. O resultado é uma produção divertida, leve, mas incrivelmente cheia de camadas e mais camadas durante sua produção. Se você nunca tinha ouvido antes, ainda dá tempo!