O Rock está morto? Conheça 10 bandas que provam que não

Por Natália de Mitri e Gêra Lobo

O período de isolamento social, provocado pela pandemia do COVID-19, pode ser bastante produtivo para aqueles dispostos a se aventurar nas infinitas playlists do Spotify em busca de novas bandas e sons. Esta busca por novas descobertas pode especialmente agradável para aqueles que apreciam o recente movimento do chamado New Rock, que engloba novas bandas do gênero e que ainda não conquistaram seu lugar ao sol no meio mainstream. Para este público, a plataforma de streaming dedica playlists personalidas como a Rock Rising (uma das minhas favoritas, diga-se de passagem), Rock This, Dirty Rock, Pure Rock & Roll, Rock Solid e Walk Like A Badass.

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Com base nas descobertas de novas bandas, o ROCKNBOLD selecionou dez delas que provam que não, o Rock não está morto, e você deveria investir algum tempo para ouvir o que elas tem a dizer.

THE LUKA STATE

A banda inglesa, formada em 2013, acumula mais de 160 mil ouvintes mensais no Spotify, embora esta popularidade não reflita em seus pouco mais de 4.400 seguidores no Instagram. Seu primeiro álbum, “Feel It“, foi lançado neste mês de maio e reúne singles, músicas já divulgadas em seu EP, [Insert Girl’s Name Here], além da nova faixa que dá nome ao álbum. Há quem diga que o som da banda lembra The Strokes, apesar dos riffs bem mais energéticos, que se assemelham bastante com a vibe do Queens of The Stone Age. O The Luka State também pode ser um prato cheio para quem curte gêneros voltados para o punk e alt rock.

THE BLUE STONES

O duo canadense The Blue Stones surgiu em 2011, mas seu único álbum, “Black Holes“, foi lançado apenas sete anos depois, em 2018. Seu som também traz um rock bastante energético, melodias agradáveis, baladas românticas e discretíssima influência country, que fica evidente através de riffs combinados com batidas. Seu último single, “Careless”, lançado em abril deste ano, explora bastante o lado mais romântico do duo e deixa claro que eles não desejam limitar seu som à um único gênero. Em alguns momentos, o som do duo lembra bastante os americanos do OneRepublic pelo trabalho harmonioso e melódico. É uma ótima pedida para quem busca mais alt rock e blues.

CLEOPATRICK

Os canadenses Luke e Ian, que já deram entrevista aqui no ROCKNBOLD, não tem vergonha de admitir suas ambições assumindo a bandeira do New Rock. O duo, inclusive, criou o movimento “New Rock Mafia” ao lado das bandas Ready The Prince e dubé. Juntos, essas bandas pretendem dar início a uma nova era musical, mudar o que se conhece e se sabe sobre rock e começar algo grandioso. O cleopatrick explora principalmente o dirty e garage rock. Suas composições possuem riffs fortes, vocal poderoso e ritmo forte, o que cria uma identidade incrivelmente original com leves referências clássicas de Nirvana e contemporâneas do Highly Suspect. Para seus quase 600 mil ouvintes mensais no Spotify, o duo é energético e promete se tornar uma das grandes promessas do futuro, uma vez que os dois já declararam: “Foda-se uma banda com cinco pessoas, você só precisa de duas para fazer o trabalho”.

DES ROCS

Já falamos sobre as o talento e ambições de Des Rocs por aqui, no ROCKNBOLD. Danny Rocco, o ex-integrante do duo indie Secret Weapons, se jogou na carreira solo com o ambicioso projeto que busca repaginar o que conhecemos sobre rock saudosista, assumindo Des Rocs como sua nova persona artística. Suas composições unem blues, hard rock, alt e folk. O resultado é uma sonoridade original comparado ao que estamos habituados, quase como um Elvis Presley moderno. Des acredita que o rock está num lugar estranho atualmente e tem a missão de traze-lo de volta a tona com sua arte, e seus quase 900 mil ouvintes mensais no Spotify parecem concordar. Para Danny Rocco, Des Rocs é a expressão mais pessoal e sincera de algo que sempre esteve dentro dele e as energias que o vibram, e, acima disso, um sopro de modernidade e vitalidade para o que costumava ser o velho rock.

NORMANDIE

Misturando tudo que há de bom no metalcore, post-hardcore, hardcore punk e rock alternativo, os suecos do Normandie, liderados pelo excelente Philip Strand, são comparados ao que o Bring Me The Horizon fez no “That’s The Spirit“, com uso de elementos eletrônicos, guitarras que, ao mesmo tempo, são melódicas e pesadas. O primeiro disco, o “Inguz“, era mais pesado nas guitarras, mas também tinha ótimas melodias. O segundo, o espetacular “White Flag“, mostrou uma banda ainda mais madura e completa, com músicas espetaculares, pesadas e, que ao mesmo tempo, poderiam ser tocadas na rádio. São pouco mais de 230 mil ouvintes mensais no Spotify e a pergunta é: por que só isso? Eles merecem um destaque ainda maior.

YONAKA

A Inglaterra é um prato cheio para os fãs de rock. Formada em 2014 e liderada pela espetacular Theresa Jarvis, a banda de Brighton já é uma das queridinhas no Reino Unido em relação ao rock alternativo, mas que merece ainda mais destaque nesse mundão a fora. Com músicas animadas, baixo que chama atenção e uma guitarra versátil, YONAKA só lançou um disco até agora, o ótimo “Don’t Wait ‘Til Tomorrow“, em 2019, além de outros três EPs antes dele. Além disso, eles são um dos queridinhos de Oli Sykes, líder do Bring Me The Horizon, tanto que até já rolou uma colaboração entre eles na faixa “Tapes“, do último EP do BMTH, o Music to Listen To… Se o Oliver patrocina, é porque vale a pena, certo?

THE PALE WHITE

Adivinhem? Sim, Inglaterra novamente! Dessa vez, o trio do The Pale White merece o seu grande destaque. Apontado, por muitos, como a principal revelação do rock britânico nos últimos anos, a banda de Newcastle, que tem “apenas” dois EPs e alguns singles, sem um disco de estúdio completo, impressiona pelos riffs cativantes, guitarra melódica e ótimo “acompanhamento” da bateria aos ritmos frenéticos. São quase 350 mil ouvintes mensais no Spotify, o que não reflete a qualidade de um trio que produz muito todo ano, como, em 2020, o single Polaroid“. Já foram até comparados, pelo estilo, ao Queens of the Stone Age.

URBAN SCAPE

Talvez você já tenha visto esse nome aqui pelo site. Formada apenas por brasileiros, que, inclusive, nos concederam uma entrevista recentemente, o Urban Escape agita a cena underground de Los Angeles com sua mistura de rock alternativo, grunge, indie-rock e pop. Com apenas 215 ouvintes mensais, os brasileiros lançaram apenas um disco, o “Open Sea“, no ano passado, e seguem produzindo para alcançar mais e mais fãs, principalmente no Brasil, lugar que eles mesmos já disseram ser um local onde querem muito fazer show. Vale a pena dar uma olhada no trabalho dos caras.

DEAF RADIO

Agora vamos dar um pulo lá na Grécia (sim!) pra falar da próxima indicação do ROCKNBOLD. Com clara inspiração no Queens of the Stone Age e seu som pesado, o Deaf Radio, banda formada em Atenas, te surpreende de primeira, com riffs pesados, uma bateria insana e um baixo que acompanha toda a loucura que são a maioria dos instrumentais. A banda já contém dois álbuns na sua discografia, o “Alarm” (2017) e o “Modern Panic” (2019), muito bem avaliados pela crítica, principalmente o segundo. São quase 30 mil ouvintes mensais que, sem dúvidas, balançam muito a cabeça com o trabalho deles.

NO FIT STATE

Pra fechar a lista, vamos de uma pegada mais blues e stoner rock? Mais uma banda britânica (uma dupla, nesse caso) aparece aqui e estamos falando do No Fit State, que chama atenção com suas claras influências em The Black Keys e Led Zeppelin, de um som “sujo” e envolvido naquele rock até clássico. Riffs destacáveis e uma bateria ótima são as duas principais características dos caras, que, por incrível que pareça, só lançaram quatro músicas até hoje. Seus quase 20 mil ouvintes mensais no Spotify esperam que um primeiro disco seja lançado em breve.

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