MUST LISTEN #03: 10 Artistas que você deveria ouvir em fevereiro

O ROCKNBOLD separou 10 artistas para ficar de olho em fevereiro, que merecem uma chance para conquistar seus ouvidos e sua playlist. Confiram o Must Listen!
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Aqui estamos prestes a entrar no segundo mês de 2021! Janeiro passou voando, e apesar de não termos carnaval esse ano, que tal começar fevereiro com uma playlist novinha em folha, cheia de artistas novos e talentosos que merecem a sua atenção? Pensando nisso, o ROCKNBOLD selecionou dez deles, entre cantores e bandas dos mais diversos estilos, que merecem sua atenção. Confira nosso terceiro Must Listen!

“Look Around” do Awake Again

Look Around” é o ótimo e um dos últimos singles da banda de metalcore/alt rock finlandesa Awake Again, embora não seja o seu último lançamento. A música traz vocais fortes, intensos e energéticos em meio ao instrumental igualmente forte e pesado com reflexos melódicos de piano. O resultado é uma composição bastante complexa, embora ao mesmo tempo poderosa, envolvente, extremamente bem executada e produzida. “Look Around” ainda traz elementos da música eletrônica que, rapidamente, evolui para riffs de guitarras potentes que mostram todo o poder e energia que a banda tem no metalcore. A música flutua entre momentos pesados e melódicos na companhia do piano, o que além de uma combinação bastante autêntica, é também bastante audaciosa na tentativa bem executada de manter diferentes camadas instrumentais.

“‘Look Around‘ é uma combinação sombria, mas esperançosa de grandes guitarras e piano suave. É a mais recente forma de uma música que esteve em nosso setlist por anos, e com a ajuda da produtora Lauri Hämäläinen, a música foi refinada em sua forma final e chamada de ‘Look Around’. A canção foi mixada pelo produtor e mixador indicado ao Grammy, Jacob Hansen. Ele é conhecido por seu trabalho com bandas como Amaranthe, Volbeat e Epica. A canção parece enorme, cheia de nuances e angustiante, mas ao mesmo tempo esperançosa. É uma música de empoderamento em nosso estilo Awake Again”, comenta a banda.

Look Around está disponível no Spotify e em nossa playlist de descobertas da plataforma Musosoup! Em 2020, o Awake Again lançou também as ótimas faixas “Enmity” e “Into Two“. Não deixe de ouvir!

“Spanish Subway” do Laniakea Master Cult

Spanish Subway” é o incrível segundo EP do artista e produtor francês Laniakea Master Cult, que explora em seu trabalho elementos e influências do shoegaze, dream pop, indie e alt rock. Considerando-se um artista “DIY” (do it yourself), o produtor explora uma sonoridade crua e pouco polida com diversos instrumentos e elementos sonoros para a criação de uma atmosfera experimental e bastante envolvente, como na construção da faixa que dá nome ao EP, “Spanish Subway (Intro)”. A partir dali o trabalho divaga para o rock alternativo, indie e melódico nas faixas “Honeymoon”, “Violet” e “Code Name”, cujas sonoridades lembram um pouco dos trabalhos de grandes bandas do indie/alt rock dos anos 2000, com incríveis doses de experimentalismo e psicodelia em seus instrumentais. O EP se encerra novamente na faixa “Spanish Subway”, que novamente embala todo o trabalho em notas de piano e bateria.

Laniakea Master Cult entrega um trabalho extremamente autêntico, experimental e bastante emocional. Ao todo, saber que todo o trabalho foi executado, produzido e masterizado por um único artista e produtor mostra todo o seu talento e empenho em construir algo único: “Os dois EP’s foram pensados ​​como um álbum, as canções têm uma ordem específica escolhida. Cada música tem um significado diferente, mas eu realmente queria falar sobre os problemas de vício que passei e a condição do jovem adulto em geral. Uma música como “Ghostworld” é uma imersão na parte viciada em caos do nosso cérebro, enquanto um outro como o Spanish Subway é mais sobre o estado pós-recuperação, e a síndrome do impostor que você obtém por causa disso mais tarde na vida.“, comenta o artista.

Spanish Subway está disponível no Spotify e em nossa playlist de descobertas da plataforma Musosoup! Em 2019, Laniakea Master Cult lançou também o EP Tales from the Ghostworld. Não deixe de ouvir!

“Bruises” do RIOT SUN

“Bruises” é o incrível e extremamente energético EP da banda dinamarquesa de punk rock/post-hardcore RIOT SUN, que explora o melhor do gênero e do rock em cinco faixas extremamente potentes, bem executadas e produzidas. A banda denomina seu trabalho como “música para corações raivosos e almas sensíveis” ao explorar uma sonoridade quase clássica e oldschool do punk. As cinco faixas apresentam uma sonoridade incrivelmente consistente, como se as faixas se conectassem sem perder a energia em momento algum. A combinação de instrumentais energéticos e vocais potentes resulta em uma sonoridade tradicional, crua, sem apelo para aparatos ou elementos eletrônicos, e talvez seja a melhor das características do trabalho do RIOT SUN: o som orgânico e quase clássica de riffs pesados de guitarra, bateria intensa e vocais furiosos. A banda começou em 2018 com a missão de criar energia e força no punk rock com melodias atraentes para as massas, e parecem estar sendo bem sucedidos nesta missão. É ótimo que ainda tenhamos bandas dispostas a manter o legado do punk vivo, e isso é executado com maestria em “Bruises”.

“‘Bruises’ soa exatamente como é: uma colisão frontal com a vida. Misturando instrumentais de veludo contundentes com um com vocais bestiais, a obra cresce sobre as crises de identidade pessoal, questionando a que lugar do mundo pertencemos, a decadência humana, e a obsessão aparentemente interminável da mídia por homens assassinos que deixam um rastro de sangue de vítimas empurradas para as sombras“, comenta a banda.

Bruises está disponível no Spotify e em nossa playlist de descobertas da plataforma Musosoup!

“444” do Old Selves

444” é a ótima e potente faixa da banda inglesa de metalcore e heavy metal Old Selves. Com uma sonoridade pesada e furiosa, a faixa faz parte de seu mais recente EP, “Two Minds”, e entrega uma sonoridade incrivelmente consistente, energética e contagiante em seis ótimas faixas. ‘444’, em especial, ilustra um ataque de pânico e comunica a vibração de tal experiência não apenas em as letras, mas no som. O resultado é uma canção fervorosa, potente e intensa que expressa sentimentos em sons além das palavras. A música utiliza riffs de guitarra potentes, que se misturam com a intensidade e terror dos vocais para criar uma atmosfera mística e poderosa. Formada em 2019, a Old Selves tem se mostrado promissora com o rápido crescimento em poucos anos de estrada, fazendo grande barulho no cenário local. A banda está ansiosa para dar início a uma série de shows em turnê, mas se viram impossibilitados com o início de bloqueios devido a pandemia de COVID-19.

Embora a pandemia tenha impedido a audaciosa Old Selves de sair em turnê, o períodos de quarentena foram importante para o processo criativo do EP Two Minds: “Durante o bloqueio do coronavírus fizemos muitas mudanças. Percebemos que Old Selves poderia criar algo positivo a partir disso. Desde o início do processo de escrita para no EP de estreia ‘Two Minds’, as coisas realmente aceleraram e descobrimos ‘aquele’ som“.

444 está disponível no Spotify e em nossa playlist de descobertas da plataforma Musosoup! Não deixe de ouvir também o EP Two Minds!

“City of Hope” de Simon Dinwiddy

City of Hope” é o ótimo single do artista inglês Simon Dinwiddy, que mistura influências do alt/indie rock e traz os melhores elementos e influências que o britpop tem a oferecer. O single explora a sonoridade descontraída e envolvente do som de guitarras distorcidas, leves, bateria harmoniosa e vocais energéticos envoltos ao pop dançante. É impossível ouvir a canção sem se sentir uma súbita vontade de largar tudo para dançar em clubes e discotecas, tal qual os melhores clássicos do pop-rock britânico. Os vocais rasgados e envolventes de Dinwiddy, combinado ao instrumental bem orquestrado e executado resulta em uma atmosfera rebelde, divertida e jovem, e esse sentimento criado em volta da composição, além de toda harmonia e familiaridade sonora, tem um motivo: influências claras de Bowie, Bob Dylan, The Sex Pistols e Beatles, que criam uma sonoridade clássica, jovem, e ao mesmo tempo bastante audaciosa e autência. A canção foi lançada juntamente com a tocante “Come to Me”, que dialoga apenas com piano de forma envolvente, revelando uma intensa versatilidade musical de Dinwiddy.

O single é uma canção de luxúria e escapismo. Eu gravo tudo que faço em casa no quarto, terei um álbum no verão britânico. É um mundo lindo quando você olha“, comenta Simon Diwinddy.

City of Hope está disponível no Spotify e em nossa playlist de descobertas da plataforma Musosoup!

“Pacifist” de Edward F Butler

Pacifist” é o intenso novo single do artista inglês Edward F Butler, que mistura influências da música pop, blues e R&B de uma forma muito natural e cativante. Com instrumental tímido, porém poderoso, o grande destaque da canção fica por conta dos vocais de Butler, que se envolvem com delicadeza no arranjo composto por piano, bateria efeitos eletrônicos e backing vocals. Apesar da intensidade de seus vocais, a influência pop eletrônica se torna mais evidente como o passear por sua obra. Em “1000 colors”, por exemplo, seus vocais dialogam com produções sonoras de synthpop, criando uma atmosfera retrofuturista muito elegante e envolvente. O fenômeno se repete em “Extinct”, onde Butler volta a interagir com elementos de pop eletrônico cada vez mais pesados. Analisando o conjunto da obra, é possível notar que em todas as suas composições há experimentalismo, mas não há amadorismo. Butler sabe o que está produzindo e onde quer chegar, e isso se deve a sua experiência vasta no mundo da música. O artista é experiente e já trabalhou com pessoas como Tileyard, The Glare, RONA, Yasmin Jane e Carrie Baxter, em uma mistura de projetos musicais e design, e sabe que agora é hora de um retorno.

Tenho trabalhado nos bastidores em projetos de música e arte para artistas do Reino Unido, principalmente da Comunidade Tileyard, em Londres, desde 2017, mas antes disso eu estava criando um burburinho em Belfast, escrevendo e trabalhando com Kitt Philippa e New Portals, dirigindo vídeos musicais e sendo destaque nas melhores listas. Decidi voltar e estou lançando meu EP bastante eletrônico, produzido pelos produtores KX de Belfast. Recebi muita aclamação da crítica, com palavras como surpreendente divulgadas pela BBC Music

Pacifist está disponível no Spotify e em nossa playlist de descobertas da plataforma Musosoup!

“Found Someone” de The U Club

Found Someone” é o ótimo, leve e contagiante single da banda indie inglesa The U Club, que mistura pop, indie e alt rock, criando uma canção gostosa, envolvente e amigável de forma “DIY”, resultando numa atmosfera romântica com os melhores elementos que fãs de britpop podem pedir. A canção é composta principalmente pelo som de guitarras descontraídas, bateria, baixo e teclados, além de vocais jovens, envolventes e energéticos. Além de “Found Someone”, a banda possui também o single “Dirty Laundry”, que passeia pelos mesmos elementos de alt/indie rock de forma natural, leve e intensa. A banda comenta que suas músicas são caracterizadas por ganchos de guitarra cativantes e lúdicos em uma base de camadas vocais e rítmicas ricas, unidas por composições maduras e reflexivas. Cada relacionamento multi-instrumental do membro com a música permite uma dinâmica e colaborativa processo de composição, que refina ainda mais seu som. O trabalho do The U Club é um novo sopro do indie pop-rock clássico, que se mantém novo e jovem através de gerações na música alternativa.

“O single de estreia da banda, ‘Dirty Laundry’, foi lançado em outubro de 2020 e foi amplamente aclamado pelo indie internacional cena de rock. É seguido por ‘Found Someone’, o segundo solteiro do grupo, disponível agora em todas as principais plataformas. Outros lançamentos estão definidos para seguir nos primeiros meses de 2021.

Found Someone está disponível no Spotify e em nossa playlist de descobertas da plataforma Musosoup!

“New Year’s Eve” de The Greyhound Factory

New Year’s Eve” é o ótimo single da banda inglesa-americana de alt/garage rock The Greyhound Factory. Na canção, a banda passeia naturalmente pelas influências do indie rock com um som descontraído, jovem e energético na canção, trazendo as melhores influências de clássicos do indie e rock alternativo. Em New Year’s Eve, os vocais energéticos e amigáveis se encontram com o instrumental descontraído e cativante de guitarras dançantes e bateria, resultando numa atmosfera de jovial, energética e envolvente que apenas o melhor do britpop-rock pôde oferecer nos últimos vinte anos. O sentimento indie acompanha a banda em outros excelentes trabalhos, como “Someday”, que acompanha o mesmo espírito jovial, intenso e energético, trazendo ainda um contagiante e bem executado solo de guitarra. A banda comparou “New Year’s Eve” a um velo de pele de leopardo: barulhento e espalhafatoso por fora, mas difuso e aconchegante por dentro. Dançando em algum lugar entre The Cure e Tom Petty, a faixa indie conta a história de uma festa de Ano Novo monótona que se parece mais com o “Groundhog Day”. Analisando a obra do The Greyhound Factory, é possível perceber que a banda se empenha para criar algo único dentro das influências da música indie e do rock alternativo, e esse empenho resulta em um sentimento sonoro jovial e intenso que eu chamaria de um “The Strokes melhorado, e com mais vontade de viver”.

“Queríamos criar uma música que fosse embalada como uma música animada de festa, mas na verdade é para a pessoa sentada no fundo da sala em seu GameBoy. E talvez tudo seja um pouco cocô para eles – como se eles não pudessem ir mais longe no Tetris passaram do 41º nível e então o DJ tocou o nível 42 e tudo está uma merda!”, comenta a banda.

New Years Eve e Someday estão disponíveis no Spotify e em nossa playlist de descobertas da plataforma Musosoup!

“Cherry Pie” de Hey Kid

“Cherry Pie” é o ótimo e descontraído single do artista americano Hey Kid, que explora elementos do alt rock, pop e indie de uma forma muito autêntica, original e melódica. Apesar do arranjo harmônico composto por guitarras, baixo, bateria e backing vocals, o protagonismo da canção fica por conta dos vocais incríveis e bem orquestrados de Hey Kid. O resultado é uma canção, jovem, leve, descontraída, ao mesmo tempo com um embalo energético e característico da música alternativa. O responsável pela energia por trás de Hey Kid é Santiago Vancells, um compositor de 24 anos nascido em Barcelona e que atualmente vive nesta cidade catalã, mas está absolutamente convencido de se mudar para os Estados Unidos assim que a situação pandêmica passar. Sua música é influenciada diretamente por artistas como Rex Orange County, Parcels, Boy Pablo, David Bowie e The Beatles. Hey Kid vem trabalhando em seu primeiro álbum “Café Society” há um ano. O álbum combina diferentes sons e diferentes registros junto com diferentes idiomas como inglês, francês e espanhol. Além de “Cherry Pie”, o artista trabalha as mesmas influências e atmosfera jovem alternativa em seu último single, “Carrots”, onde seus vocais poderosos dialogam com um violão tímido, criando uma atmosfera romântica, melancólica e convidativa. Analisando suas canções, é possível observar a forte construção de um trabalho romântico, apaixonado, e ao mesmo tempo intenso na busca da sonoridade alternativa de indie, pop e rock resultando em um trabalho autêntico, energético, e ao mesmo tempo melancólico, como a música indie deve ser.

Hey Kid é um projeto que une diferentes estilos criando um som único e capaz de mostrar sua própria personalidade. Seu estilo é definido por uma visão pop que é capaz de incorporar tradição e vanguarda para mostrar de forma sincera seus sentimentos nos momentos de viagem. Sua paixão pela poesia o interessou em iniciar a carreira de músico. Ele começou a tocar guitarra espanhola, mas depois experimentou a guitarra elétrica para descobrir novos sons“.

Cherry Pie e Carrots estão disponíveis no Spotify e em nossa playlist de descobertas da plataforma Musosoup!

“Commonplace” de Vice Killer

Commonplace” é o ótimo, energético e intenso single da notável banda inglesa Vice Killer, que explora elementos do rock alternativo e indie rock de uma forma autêntica, polida, bem orquestrada e altamente bem executada. A música se trata do primeiro, e até então único, single da banda que promete chamar a atenção com mais lançamentos no gênero em 2021, uma vez que já estão trabalhando em seu primeiro EP. Se apegando à influências de The Smiths, Talking Heads, New Order e Arctic Monkeys, a banda teve início nem 2020, e lançou seu ótimo single de estreia apenas quatro meses após sua formação, e já está sendo bem recebida e tocada em rádios locais. A banda conta que a vida na cidade inglesa sempre foi uma grande inspiração, que busca falar sobre experiências, realidade e contar histórias através de sua música. “Commonplace” busca ser a canção com a qual pessoas se identificam em seu dia-a-dia. Apesar de ainda se tratar apensa do primeiro single, é interessante observar como ‘Commonplace’ traz uma sonoridade madura e experiente de artistas que sabem o que estão fazendo. Os vocais fortes, somados aos instrumentais igualmente intensos, complexos e energéticos criam uma atmosfera jovem, energética e envolvente. A menção honrosa vai para o incrível solo de guitarra ao final da canção, que estabelece um final de mestre no que se refere à uma composição de verdadeiros rockstars.

‘Commonplace’ foi inspirada em se perder na orientação das pessoas erradas, ouvir ou observar as pessoas que pensam que estão falando sensatamente quando, na realidade, estão apenas moldando as pessoas para o que eles querem. Ele fala da experiência de ver as pessoas em seu trabalho diário drenadas do estresse que este ano trouxe, no entanto, musicalmente, a música tem como objetivo fornecer mais esperança para o que o próximo ano trará. A música usa a arte de contar histórias e as duras verdades da vida liricamente, como fizeram artistas que todos nós admiramos e que nos guiaram por diferentes estágios da vida e esperamos fazer o mesmo pelos outros.

Commonplace está disponível no Spotify e em nossa playlist de descobertas da plataforma Musosoup!

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