O dia 31 de outubro é mundialmente conhecido pelas celebrações do Halloween. A data, comemorada há centenas de anos no hemisfério norte, ultrapassou as barreiras geográficas e temporais desde os primórdios de sua consolidação pelos Celtas, na Grã-Bretanha, tornando-se conhecida por indivíduos em todos os cantos do globo, especialmente através de produções hollywoodianas.
Neste especial, selecionamos cinco filmes que vão desde cult favorites até exemplares atuais e que, além de oferecerem visuais memoráveis, contaram com a influência de suas trilhas sonoras para consolidarem-nos como os hits que são hoje, destacando que, quando bem projetados, o som e a imagem formam uma dupla notável.
A começar pelo célebre O Iluminado (1980), de Stanley Kubrick, é impossível ignorar a crescente tensão do filme, acentuada pela imperiosa e definitiva sonoridade da trompa. Esta adaptação, ainda que distante da abordagem literária, conferiu nova perspectiva ao enredo, oferecendo ao espectador uma sensação de desconforto trepidante, marcada por sons sutis e metálicos até repetições aceleradas e caóticas, numa orquestra que sabe ministrar exatamente cada uma de suas camadas.
Sequencialmente, ao abordar o clássico O Silêncio dos Inocentes (1991), é essencial destacar a primorosa trilha sonora do suspense que revelou aos espectadores a natureza fria e visceral de uma mente intrincada. De temas delicados e serenos, num limite cuidadosamente agonizante, vai até as margens de uma construção sutilmente dramática e ascendente, capaz de delinear as nuances de cada peça-chave de seu enredo.
Em uma nota igualmente nostálgica e descontraída, destacamos o hit dos anos 2000, estrelado por Amanda Seyfried e Megan Fox: Garota Infernal (2009). O longa, que combina humor com uma pitada específica de gore e sensualidade é envolvido por grandes exemplares do pop punk e rock da época, tais como New Perspective, de Panic! At The Disco, Toxic Valentine, de All Time Low e Teenagers, da lendária vocalista do Paramore, Hayley Williams.
Em seguida, listamos Hereditário (2018), dirigido por Ari Aster – um dos títulos mais populares da enigmática produtora A24. O drama evidencia uma espiral de terror psicológico que envolve a família dos protagonistas, tendo seu percurso delineado por uma composição de intensidade agonizante. Neste exemplar, o saxofonista e compositor Colin Stetson, utilizando de sua familiaridade com o clarinete contrabaixo, vocais e saxofone, pôde elevar, de maneira insubstituível, a experiência do filme.
Considerando a temática de horror/suspense, é essencial destacar o trabalho de Jordan Peele e grande elenco no célebre Nós (2019). A intensa trajetória dos protagonistas é destacada por uma trilha sonora diversa e altamente sensibilizante em seu decorrer. Trazendo desde hits do rap, como “I Got 5 On It“ (1995), da dupla californiana Luniz, seu impacto se estende por construções igualmente intensas e primorosas de Michael Abels. O compositor utilizou-se de variados efeitos e instrumentos, unindo tambores a exemplares de corda, em construções amplas e aceleradas, atingindo níveis minuciosamente aterrorizantes.
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