MUST LISTEN #04: 7 novos artistas para animar o seu sábado

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Mais uma semana de trabalho terminando e com isso o tão esperado final de semana. Para comemorar a chegada desse precioso dia que é o sábado, o ROCKNBOLD separou 7 novos artistas para você conhecer, curtir e adicionar a música nas suas playlists.

“Ladybird” de Ladybird

Que o folk se tornou o centro das atenções já é mais do que conhecimento geral. Pegando alguns dos destaques de 2020, Taylor Swift nos presenteou com dois álbuns em que ela deixa o pop um pouco de lado e abraça seu lado folk, Phoebe Bridgers encantou o mundo com o aclamado Punisher e Song for Our Daughter da Laura Marling foi também uma ótima surpresa. Agora, com o novo ano, o ROCKNBOLD indica um novo nome: Ladybird. Diretamente do Reino Unido, a cantora encanta pela simplicidade, com sua voz e violão nos guiando durante toda a canção. “Ladybird” é doce, delicada e uma amostra certa do que a artista pode nos apresentar, um folk calmo de se ouvir e que te conquista logo nos primeiros acordes. A escolha ideal para um sábado sem estresse e com boa música. Uma curiosidade é que a primeira plateia para quem Ladybird apresentou sua música foi um cisne, que a visitou enquanto ela estava passando um tempo isolada em uma cabana. Aparentemente, ele aprovou o som.

“‘Ladybird’ é sobre nunca se conhecer verdadeiramente, mas cuidar de si mesmo. Temos que alimentar a mente da melhor maneira possível, a fim de permanecer no controle”, comenta a artista.

“Ladybird” está disponível no Spotify e em nossa playlist de descobertas da plataforma Musosoup!

“Best Years” de Sweet and Lonely

Mais um resultado musical da quarentena, Nick Elstad é o nome por trás de Sweet and Lonely, que com seu single “Best Years”, apresenta uma fusão interessante de hip-hop e indie pop. Com a impossibilidade de trabalhar com sua banda, Sweet and Lonely foi a forma do artista canalizar suas energias e “Best Years” é resultado desse momento. Durante toda a faixa, o ouvinte se depara com a voz melancólica acompanhada por um instrumental bastante influenciado pela obra de Frank Ocean e Steve Lacy. A mistura de bateria, guitarra e teclados é bem elaborada, não sobrecarregando a música e auxiliando a criar a atmosfera relaxante dela. Em um primeiro momento, parece que a música pode até se manter numa mesmice sonora, mas a cada segundo os instrumentos vão trazendo mais volume para “Best Years” e seu tempo curto de duração – um pouco mais de dois minutos – acaba sendo o único fator “ruim”. O trabalho de Sweet and Lonely é definitivamente uma boa opção para dias tranquilos.

“Best Years” parece o verdadeiro começo deste projeto. A música me lembra de começar do zero“, comenta o músico.

“Best Years” está disponível no Spotify e em nossa playlist de descobertas da plataforma Musosoup!

“Head in the Sand” de The Pretty Visitors

Com um nome facilmente identificável pelos fãs de Arctic Monkeys, a influência do grupo de Alex Turner não fica somente aí. The Pretty Visitors é uma banda do Reino Unido com várias características semelhantes aos grupos britânicos que fizeram sua fama nos anos 2000. Trazendo uma roupagem atual para o som que Kasabian e os garotos de Sheffield faziam em 2006, “Head in the Sand” é um prato cheio para os amantes do rock alternativo. Sendo agressivos desde o primeiro segundo da faixa, a bateria e o baixo ditam o ritmo e acompanham um poema afrontoso recitado pelo vocalista da banda. No refrão, as guitarras assumem o protagonismo e a voz de Connor muda de forma, transformando “Head in the Sand” em um hino, uma música para ser cantada a plenos pulmões. Esperamos que no pós-pandemia, The Pretty Visitors tenha a oportunidade de apresentar a música para um grande público e enquanto isso não ocorre, ela marca presença nas nossas playlists.

Sobre a música, a banda comentou: “Você já se perguntou por que você está fazendo o que está fazendo ou quando esse ciclo vai acabar? “Head In The Sand” vai remediar isso”.

“Head in the sand” está disponível no Spotify e em nossa playlist de descobertas da plataforma Musosoup!

“Space Invader” de Dreams of Empire

Um dos elementos mais interessantes do dream pop é a imersão na música experimentada pelo ouvinte. Dentro das grandes facetas que o rock alternativo pode possuir, ele é um subgênero atmosférico e cheio de texturas. Com os tradicionais vocais suaves, som densamente produzido e guitarras distorcidas, Dreams of Empire apresenta “Space Invader”, single que está em Encapsulation, segundo álbum do grupo. Diretamente de Brighton, a dupla inglesa consegue muito bem condensar todas essas características do dream pop e do shoegaze. A música é raivosa, que ao mesmo tempo que retrata a relação da banda com a pessoa que fica bem na sua frente nos shows e também funciona como um hino do distanciamento social.Com uma ótima performance dos dois – Jane nos vocais e Andrew nos instrumentos -, “Space Invader” é sem dúvidas uma ótima escolha para quem quiser imergir em um novo mundo sonoro. Assim, se você é fã de Alvvays e fica ligado na cena nacional com Terno Rei e Atalhos, não deixe de prestar atenção no que o Dreams of Empire está nos presenteando.

“Space Invader” está disponível no Spotify e em nossa playlist de descobertas da plataforma Musosoup!

“By The Coast” de Thomas LaVine e Luna Keller

Superando a distância geográfica, Thomas LaVine e Luna Keller se unem em “By The Coast”. Ligando os Estados Unidos com a Espanha, os dois juntam forças no single, conectando o amor dos dois pela música folk. A canção inicia com a voz de Thomas acompanhada por uma linha de violão repetitiva, que cria o clima suave para a obra. Na letra, percebemos o cantor tentando expressar seus sentimentos por alguém, uma tentativa de se mostrar vulnerável. Quase na metade de sua duração, a voz de Luna aparece para mostrar o outro lado da história e rapidamente se associa a voz de seu colega, transformando “By The Coast” em um trabalho bastante delicado e emocionante. É interessante também analisarmos os elementos da letra que fazem com que o ouvinte perceba a distancia física e emocional dos dois personagens, enquanto a voz masculina descreve um cenário de ondas – algo como se estivesse perto do mar-, a voz feminina começa com “If I get lost among the trees”. “I’ll be waiting there for you”, com certeza, é um trecho que vai ficar grudado em sua mente.

“By The Coast” está disponível no Spotify e em nossa playlist de descobertas da plataforma Musosoup!

“Loose Change” de Hotel

Um dos elementos mais interessantes do new wave é que ao mesmo tempo que ele é divertido, com linhas de sintetizadores e bateria que te botam pra dançar, o instrumental muitas vezes esconde letras bastante críticas. Com uma mistura de new wave e hip-hop, “Loose Change” é o primeiro single de Hotel, um artista australiano que se inspirou na sua rotina como porteiro de um hotel de luxo em Sidney para poder se expressar em forma de música. “Loose Change” é energética, com um refrão repetitivo e que facilmente te conquistará. Iniciando com uma combinação de baixo, bateria e sintetizadores que poderia tranquilamente estar no Wide Awake! do Parquet Courts, a canção vai se adaptando e imerge no estilo do hip-hop, algo bem do jeito que o Gorillaz faz muito bem. Na letra, Hotel discorre sobre a questão do dinheiro, brincando com a ideia se ele deve ser realmente importante para as pessoas ou não, por exemplo, ao cantar no refrão “how many money is enough money, ’cause I got no money and that’s not enough”.

“Dinheiro nunca moldou uma pessoa. Dinheiro é apenas uma coisa que somos enganados a pensar que precisamos. Eu quero aproveitar mais o momento e parar de me preocupar com o futuro e subsequentemente parar de perder o presente”, comenta o cantor.

“Loose Change” está disponível no Spotify e em nossa playlist de descobertas da plataforma Musosoup!

“For Sale” de Agata

Abrindo com uma camada de sintetizadores e um reverb de guitarra ao fundo, “For Sale” de Agata já inicia apresentando a ideia que seremos transportados para dentro de uma história que será contada pela artista. Agata nos relata seu retorno a sua cidade natal na Polônia, onde mesmo sendo um ambiente familiar, ela não consegue se reconhecer mais ali. O clima expansivo do início da canção vai crescendo, com a introdução de sua voz doce, mas que ao mesmo tempo guarda um sentimento de raiva. Essa raiva vai aumentando, até o momento em que o clímax da obra chega, com sua voz agressiva e a guitarra distorcida virando uma das protagonistas. Entretanto, “For Sale” virou mais do que um relato pessoal, ganhou forma universal quando toda a Polônia passou a protestar contra as mudanças políticas que ameaçaram os direitos das mulheres e dos LGBTs no país. Para acompanhar a música, um documentário colaborativo foi feito, com filmagens de cidadãos poloneses durante o momento difícil do país.

“Queremos homenagear aqueles que tiveram seus direitos ameaçados no meio de uma pandemia e que protestaram por dias a fio, apesar do tempo frio e em algumas ocasiões da brutalidade da polícia”.

“For Sale” está disponível no Spotify e em nossa playlist de descobertas da plataforma Musosoup!

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