UFA! O momento mais esperado do ano chegou! 2021, ainda que mais uma vez atípico, nos entregou trabalhos grandiosos e de muita qualidade, do rock ao funk, do hip hop ao k-pop. Foi pensando nesta pluralidade de grandes lançamentos nos últimos doze meses que o ROCKNBOLD reuniu na lista mais aguardada do site o que, para nós, são os discos divulgados neste ano que está chegando ao fim que mais merecem o seu play!
Ah, não fique triste se o seu favorito não estiver na lista, hein? É só procurar aqui no site que com certeza você vai encontrar uma matéria sobre ele! Obrigado por estarem conosco durante este tempo. Esperamos encontrá-los em breve! 😉
Aumenta o som e vem com a gente!
Collapsed in Sunbeams – Arlo Parks
Por Andie Gonck
Com um álbum de estreia cheio de personalidade, Arlo Parks mostra a que veio. “Collapsed In Sunbeams” é composto por 12 faixas recheadas de R&B e soul, à lá Amy Winehouse, vocais limpos e reconfortantes, e letras versáteis. O disco começa com uma espécie de poema cantado, também chamado “Collapsed in Sunbeams“, onde é possível perceber como a narrativa do álbum é bem conectada: cada nova faixa parece complementar a anterior, e oferecer uma nova perspectiva ou uma parte diferente da história que está sendo contada. Talvez este seja o ponto chave do álbum: as letras, que por sua genuinidade, são facilmente relacionáveis. Mesmo em faixas onde os versos são mais carregados de emoção, as melodias suaves e otimistas parecem equilibrar a energia, proporcionando uma experiência relaxante ao ouvinte ao longo da sua jornada musical. Um exemplo disso é na excelente “Bluish“, onde Arlo canta “não é fácil quando você me liga no meio do noite” enquanto uma espécie de sintetizador toca suavemente ao fundo. Apesar de “Collapsed In Sunbeams” ter uma aura, no geral, acolhedora, ele não se torna cansativo, graças às letras detalhadas (que parecem histórias) e melodias envolventes da cantora britânica.
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30 – Adele
Por Luana Harumi
Assim que surgiram os primeiros rumores de que Adele estaria prestes a lançar um álbum em 2021, a internet explodiu. E não teria como ser diferente: detentora de alguns dos maiores recordes da indústria musical do século XXI, com feitos incríveis em uma era de queda de vendas, todo mundo queria saber o que a britânica traria para jogo depois de seis anos sem um lançamento completo. Como esperado, 30 está cheio de “grandes sentimentos” e faixas sobre “divórcio, baby”. Mas é aqui que vemos o lado mais experimental de Adele até agora, com faixas pop que flertam com reggae, country e jazz, além do uso de gravações de voz inspiradas no rap de Tyler, The Creator e Skepta. Tudo embalado em uma produção refinada, com letras vulneráveis e emocionantes que, muito provavelmente, deverão atualizar a coleção de troféus da artista.
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star-crossed – Kacey Musgraves
Por Maria Eduarda Duarte
Kacey Musgraves, nome derivado do country e popularizado no mainstream, deixa sua marca em 2021 com excelente disco de raízes pop. star-crossed, que é seu quinto álbum de estúdio, consolida a artista por suas habilidades de contar histórias e fazer o ouvinte se reconectar consigo mesmo, ao passo que narra sua própria jornada em meio a novos inícios. Desde as canções mais densas, como “camera roll” e “angel”, passando pelas descontraídas “breadwinner” e “there is a light”, a cantora fundamenta uma odisseia agridoce. Com sua voz melódica e refrões que vão de synths dançantes até a simplicidade clássica de um acústico, Musgraves destaca a essência dos altos e baixos e relembra, ora introspectiva, ora vibrante, que cada aprendizado resulta de se permitir envolver por todas essas possibilidades.
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Happier Than Ever – Billie Eilish
Por Nádya Duarte
Em sua nova fase, Billie Eilish abre seu coração para o público com letras mais maduras e vulneráveis sobre seus relacionamentos e sentimentos mais profundos. Ao escutar Happier than Ever podemos notar a maturidade de Eilish ao abordar temas pesados, como abuso psicológico e físico, ao mesmo tempo que conseguimos perceber sua libertação de situações tóxicas das quais foi protagonista no passado. Billie e Finneas, seu irmão responsável pela produção do álbum, não tiveram medo de experimentar outros gêneros e sonoridades, contando com faixas envolvendo bossa nova, pop rock, experimental, eletrônica e até um interlúdio com um discurso extremamente forte em “Not My Responsability”. O lançamento do disco veio em peso, Billie conquistou as paradas musicais, lançou documentário, videoclipes, especial de TV, ocupou as capas de revista, colaborou com a Nike e ainda lançou uma fragrância, tudo envolvendo a estética de sua nova era.
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The Chaos Chapter: Fight or Escape – TOMORROW X TOGETHER
Por Júlia Baruki
Boy group que lidera a quarta geração do k-pop, TXT retornou em agosto com seu segundo comeback de 2021. “The Chaos Chapter: Fight or Escape” é o repackage de The Chaos Chapter: Freeze, segundo álbum do grupo. Com todos os cinco membros participando da composição e produção das faixas, o trabalho é uma representação fiel das inseguranças e incertezas do jovem que está abandonando sua adolescência e começando a encarar a vida adulta. Ao mesmo tempo que possui momentos contagiantes como “Magic” e “No Rules”, o álbum consegue trazer a balada viral do TikTok “Anti-Romantic” e mostrar que o k-pop não fica preso ao pop com “0X1=Lovesong (I Know I Love You)” e “LO$ER=LO♡ER” explorando o pop punk e o rock de arena.
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Typhoons – Royal Blood
Por Natália de Mitri
Dizem que o terceiro álbum da carreira de uma banda é o mais desafiador, e os britânicos do Royal Blood literalmente encararam esse desafio com jogo de cintura em “Typhoons”, consagrado até então como o mais inventivo de sua discografia. Dividindo opinião de fãs, o duo mergulhou em seus próprios limites para criar um som groovado e dançante de baladas bastante inspiradas na disco music, em um som muito mais maleável, polido, versátil e distante do que o stoner rock apresentado ao mundo nos álbuns autointitulado (2014), e em “How Did We Get So Dark” (2017). Mike Kerr também teve que dançar com seus próprios demônios para compor esse disco, abordando muito mais seus problemas pessoais com abuso de drogas e álcool do que paixões frustradas, e o resultado não poderia ter sido mais honesto e peito aberto. O resultado é um álbum com pouco respiro, chegando a ser cansativo ao exigir que você dance com seus medos durante quase todas as músicas, antes de finalmente atingir sua redenção, mas sem dúvidas, se consagra como uma agradável surpresa de uma banda que não tem medo de fugir da sua zona de conforto.
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NEXT EPISODE – AKMU
Por Lívia Stamato
Em menos de 25 minutos, AKMU é capaz de fazer seu público sentir nostalgia, entusiasmo, desconsolo, motivação… e de se colocar entre os melhores do ano. “NEXT EPISODE“, álbum da dupla de irmãos mais querida do k-pop, é um ato refrescante para amantes da música em geral. O álbum conta com sete músicas com colaborações de grandes nomes do k-pop, incluindo IU em “NAKKA”, Sam Kim em “EVEREST” e Beenzino em “Tictoc Tictoc Tictoc”. As canções mantêm o estilo característico da dupla, enquanto passeiam por diferentes influências e trazem a identidade dos colaboradores. Indo das tendências retrô em “Hey kid, Close your eyes” e “NAKKA” aos elementos de rock em “BENCH”, todas as faixas entregam uma musicalidade envolvente e narrativas fascinantes. As músicas ainda são apoiadas por videoclipes individuais que constroem mais a fundo as reflexões impostas ao longo do álbum.
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Glow On – Turnstile
Por Rayane Moreira
Fundado em 2010 na cidade de Baltimore – Maryland, o Turnstile é uma banda de hardcore conhecida por ir muito além do tradicional. Em seus 11 anos de carreira os americanos lançaram cinco EPs e quatro álbuns de estúdio, o último deles, “Glow On“, foi lançado em 27 de agosto de 2021 e nele a banda reafirmou suas principais características passeando pelo hardcore clássico, o pop punk, shoegaze e o hard rock dos anos 90. Com guitarras bem marcadas, vocais estridentes, melodias aceleradas e sintetizadores pontuais, “Glow On” comprova que a banda “escreveu certo por linhas tortas” ao experimentar e misturar tantas coisas diferentes o que deu a eles um lugar de destaque na cena underground e assim, chamando atenção do público e de grandes festivais pelo mundo, como o Lollapalooza e o Primavera Sound Barcelona. Já fica aí a dica para quem for em algum deles!
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It Won’t Always Be Like This – Inhaler
Por Bruna Antenore
O quarteto de Dublin foi formado em 2012, mas somente em 2015 perceberam que gostariam de levar a banda mais a sério. A música que carrega o nome do álbum foi lançada em 2019, mas com a pandemia muitos planos foram adiados, o que não foi diferente com o Inhaler. Em 2021 finalmente o primeiro álbum de estúdio nasceu e trouxe tudo aquilo que um fã de indie rock pode pedir: riffs elaborados e ritmos ora arrebatadores, ora apaziguadores, com um toque de sonho adolescente perseguindo aventuras noturnas.
A banda conta na formação com o Elijah, filho do Bono do U2, mas o que realmente prende a atenção de quem escuta além do nome famoso de um pai são músicos que tem tudo para trilhar um grande caminho na indústria musical, o maior e melhor termômetro sendo os shows e festivais em que estão tocando e a legião de fãs que seguem o trabalho dos 4 garotos de Dublin. Parece que um raio cai sim duas vezes no mesmo lugar.
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The Off-Season – J. Cole
Por Matheus Izzo
É impossível negar que J. Cole tem se tornado (finalmente!!!!) unanimidade entre os apaixonados e os que fazem parte da cultura hip hop. O rapper da Carolina do Norte, esnobado durante anos pelo Grammy, conseguiu com The Off-Season, seu sexto álbum de estúdio, não apenas mais de uma indicação à “maior premiação da música”, como também é o único artista a ser nomeado em todas as categorias de Rap do evento, que acontece no início de 2022. Não que também seja uma novidade, mas seu novo disco já conquistou certificado de platina dentro e fora dos Estados Unidos. Mostrando um eu-lírico mais maduro, ciente de seus próprios feitos e que busca, mesmo de forma indireta, seu lugar de direito na história, The Off-Season consolida o MC como um dos melhores artistas do rap através da versatilidade e profundidade de temas e sonoridades de um artista multifacetado que conhece o “rap game” como ninguém. Ainda que o primeiro lugar no “pódio” dos últimos dez anos na cultura fique com Kendrick Lamar, é mais do que certo afirmar que Cole já possui sua cadeira cativa entre os maiores de todos os tempos; The Off-Season é apenas o trabalho que faz do argumento um fato.
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Menção honrosa
Loving In Stereo – Jungle
Por Matheus Izzo
Formado em Londres pelos multifacetados produtores Tom McFarland e Josh Lloyd-Watson, desde 2014 o Jungle tem chamado a atenção de público e mídia de norte a sul do globo. O grupo, liderado por seus dois criadores, sintetiza com sofisticação o que hoje pode ser definido como modern/neo soul. Em Loving In Stereo, terceiro disco de estúdio da carreira desde 2014, os britânicos reúnem em quarenta minutos o melhor das referências grandiosas da soul music enquanto exploram elementos modernos, característicos das atuais tendências da indústria. Como se ainda não fosse o bastante, o grupo é responsável por um dos trabalhos visuais mais grandiosos do ano. Inicie sua jornada com o clipe de “Keep Moving” e aproveite a viagem entre brilhantes coreografias e um storytelling audiovisual redondinho que entrega esperança e otimismo por bailar sob os olhares duvidosos da sociedade em tempos tão incertos. Loving In Stereo se destaca em 2021 não apenas pela sonoridade classuda e robusta, mas também por entregar uma experiência agradável em sua totalidade, oferecendo aos compreendidos desiludidos uma mudança de trajeto para o que vem por aí; talvez seja nesta esperança que seja possível sair – ainda que por apenas alguns momentos – do marasmo dolorido causado pelos acontecimentos brutais no planeta nos últimos dois anos.
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