Bad BeBop: iniciando tumultos no heavy metal

Os curitibanos do Bad BeBop lançam seu segundo álbum de estúdio, intitulado “Starting Riots”, trazendo um heavy metal mesclado com outras vertentes que vai chamar sua atenção!
Os curitibanos do Bad BeBop lançam seu segundo álbum de estúdio, intitulado “Starting Riots”, trazendo um heavy metal mesclado com outras vertentes que vai chamar sua atenção

Com linhas fortes e vocais poderosos, os curitibanos do Bad BeBop liberam, nesta sexta-feira (11), o mais novo full length intitulado Starting Riots, lançado pela Abraxas, selo carioca/paulistana que agencia outras bandas do underground nacional. Com referências do heavy metal, o power trio formado por Juliano Ribeiro (vocal e baixo), Henrique Bertol (guitarra) e Celso Costa (bateria), destaca outras linhas em suas músicas, deixando claro para o que vieram, e continuam vindo desde o primeiro lançamento, Prime Time Murder, de 2017, que ganhou destaque positivo em diversas críticas Brasil a fora.

Faixa a faixa

O disco inicia com a poderosa “This Grace”, com um riff encorpado e o vocalista brincando com o ritmo da música em suas linhas. Dona de um refrão marcante, coros para lapidar ainda mais o conteúdo da música, é um ótimo ponto de partida para o restante do álbum.

Em seguida temos “Crossfire”, aparente em suas linhas de guitarra e baixo marcantes, além de uma leve lembrança nos tempos áureos do Alice In Chains, banda estadunidense de mesmo gênero, onde conseguimos perceber uma atmosfera flertando com o vocal de Juliano, e terminando com uma subida de ritmo ganhando corpo o restante da faixa.

Backbone” chega com a agressividade do heavy e uma ponte extremamente embalada, trazendo em seguida um refrão potente. O uso de pedais duplos na faixa, atrelado ao riff que o acompanha, trouxeram ainda mais brilho para a faixa.

Thieves” começa com um grave de baixo que puxa a atenção de qualquer ouvinte, soando, logo em seguida, uma guitarra marcante em um riff perfeitamente delineado, e mais uma vez, o vocal traz um toque final digno de uma pintura. O solo presente na faixa é daqueles que te tiram do chão, acompanhado de um groove de baixo e a cereja do bolo (algo que chamou muita atenção), um breakdown um pouco antes da música terminar.

As seguintes “Herald of Truth” e “Sunset Drive” são louváveis pelos riffs e segmentos bem executados, mostrando a força do heavy metal e a possibilidade de misturar que o Bad BeBop tem.

Iniciando com um pedal duplo digno de agitar moshs ao vivo, e aparecendo outras vezes no decorrer da música, “Move” chamou atenção pelas possibilidades existentes dentro da faixa, causando divergências sonoras e impactando o ouvinte de forma extremamente positiva.

Pyro” é aquela típica faixa que vem engatinhando e ganha peso e corpo durante sua execução. Chamou atenção pela semelhança com alguns riffs provenientes do grunge, além do vocal potente e uma pausa que levantaria até defunto do caixão. Ótima faixa.

E fechando o disco, temos “How’re You Holding Up” e “Bullet Hole”. Uma com aquele toque emocional que não poderia faltar em um álbum de heavy metal, e a outra despressurizando toda a energia da banda em um aglomerado de tempos e energias, encerrando de forma perfeita o “Starting Riots” (minha preferida, sem sombra de dúvidas).

Starting Riots” é mais uma vez, prova de que não é necessária uma banda com diversos membros para se fazer heavy metal de qualidade. O power trio dos curitibanos do Bad BeBop ilustram e executam isso de maneira exemplar. Apesar de gostar da abordagem total do disco, acredito que em alguns sentidos dele faltaram um respiro pra novas possibilidades. Fato que ao ouvir o trabalho todo, me parece existir alguns riffs repetidos, talvez se explorados de forma mais abrangente, teriam soado melhor, porém, nada que comprometa a qualidade do trabalho, que surpreendeu de forma extremamente positiva.

9/10

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