Em 2020, o K-Pop dominou o mundo. Além dos inúmeros gêneros musicais se destacaram, vimos o pop colocar todos para dançar – mesmo que dentro de casa- com Lady Gaga e Dua Lipa, Miley Cyrus se transformando no rock, Taylor Swift surpreendendo todos com sua nova faceta folk e Megan Thee Stallion saindo do TikTok para conquistar o mundo com seu rap, o gênero ganhou um espaço no mainstream e relevância que será difícil de tirar das paradas de sucesso ao redor do mundo.
Direto da Coreia do Sul, com a ajuda de vários grupos, clipes que bombaram na internet e músicas que não saíram do repeat, o estilo musical saiu do oriente, atravessou o globo e chegou no primeiro lugar nas paradas norte-americanas. Assim, o ROCKNBOLD reuniu em uma lista, os quinze grupos/artistas que mais impactaram o K-Pop em 2020.
Por Bruna Antenore, Elisa Carletto, Júlia Baruki e Lívia Stamato
ATEEZ – ZERO: FEVER part 1
Considerados um dos maiores grupos do momento, o octeto da quarta geração do K-Pop teria um ano promissor, com shows marcados na Europa, Japão e Estados Unidos, mas por conta da pandemia, foram adiados. Felizmente, conquistaram muitos feitos em 2020.
Em janeiro, lançaram seu quarto EP. TREASURE EPILOGUE: Action to Answer e “Answer” como single, que possui alguns elementos do reggeaton e eletrônica. Em maio, realizaram um evento digital e gratuito para os Atiny e dedicado à eles. Diferentemente do lançamento anterior, ZERO: FEVER part 1 não foi um lançamento de verão, mas ainda assim, trouxe bons resultados ao grupo. Em setembro, ganharam o certificado de platina na Coreia do Sul, primeiro trabalho do grupo a alcançar essa merca e, além disso, foram indicados ao MAMA na categoria Música do Ano com “INCEPTION”.
BLACKPINK – THE ALBUM
A chegada do primeiro álbum do BLACKPINK foi muito aguardada por todos os amantes de música pop. De 2016 para cá, o grupo sempre criou uma enorme expectativa em relação aos seus comebacks e THE ALBUM surfou nessa onda. Os principais destaques do trabalho são “How You Like That” e “Lovesick Girls”. A primeira repete a fórmula de produção eletrônica pesada, explosiva e chiclete, que já ouvimos em “DDU-DU DDU-DU” e “KILL THIS LOVE”.
Enquanto isso, “Lovesick Girls” vai para um caminho totalmente diferente dos outros singles. A canção segue na linha pop mainstream que elas sempre apresentaram, porém, as batidas eletrônicas são colocadas em segundo plano, deixando mais espaço para a voz das quatro meninas se sobressaírem.
Além do álbum, o documentário “BLACKPINK: Light Up The Sky” foi lançado pela Netflix em outubro, apresentando as quatro integrantes para uma quantidade enorme de futuros fãs. Na semana de estreia, foi o segundo filme mais visto no mundo.
BTS – MAP OF THE SOUL: 7 e BE
O BTS é, definitivamente, o nome do K-Pop mais conhecido ao redor do mundo e o ano de 2020 era muito aguardado não somente para o grupo, mas para os fãs. Durante a promoção de MAP OF THE SOUL: 7 e com uma turnê mundial a caminho, os shows são adiados. O grupo aproveitou o tempo de isolamento para produzir um novo álbum.
A preocupação com os fãs e bem-estar de todos e com uma proposta de autorreflexão, mas também descontração BE foi lançado em 20 de novembro. Um álbum destinado ao período em que ficamos mais quietos e introspectivos, mas que também precisávamos de animo e esperança para a jornada de vida que ainda nos espera. Jin também compartilhou com todos os armys uma música em seu vigésimo oitavo aniversário, “Abyss”, trabalho que veio para compartilhar sua tristeza, mesmo em um dia de celebração para ele.
A honestidade, transparência e mensagem não contagiou apenas os fãs, mas a mídia ocidental também. Não participaram somente das premiações internacionais e foram indicados, mas também conquistaram um grande feito não somente em sua carreira, mas que abre espaço para outros grupos do gênero. BTS foi o primeiro grupo de K-Pop a estar entre os indicados em uma categoria musical do Grammy, onde concorre em “Melhor Performance de Grupo ou Duo Pop” pelo single “Dynamite” e pela TIME levaram o prêmio de “Personalidade do Ano no Entretenimento”, sem tirar o mérito das categorias em que venceram no MAMA. Se em 2020 o grupo contornou todas as dificuldades, o que esperar de 2021?
EVERGLOW – Reminiscence e -77.82x-78.29
Após cativar seus ouvintes com os drops EDM de “Bon Bon Chocolat” e “Adios”, o sexteto entregou não um, mas dois mini-álbuns perfeitos para a balada em casa que a quarentena nos obrigou.
Com menos de um ano de formação, o grupo nos trouxe o hit poderoso “Dun Dun” e a girlpower “Salute” em Reminiscence, o seu primeiro mini-álbum. Em setembro as garotas continuaram a brilhar, desta vez entrando na tendência dos anos 80 e deixando um pouco do EDM pesado de lado.
Com o show-stopper “La Di Da” o grupo nos conquista mais uma vez, agora no Synthwave – inclusive, em lista recém divulgada pela Billboard, ela foi considerada a melhor canção de K-Pop do ano. Mas é com “Untouchable”, uma das b-sides de -77.82x-78.29, que Everglow consegue deixar sua marca no gênero.
GFRIEND – 回:Walpurgis Night
Com um álbum e dois EPs, 2020 foi um ano de renovação musical para o GFRIEND. Os três lançamentos giraram em torno do símbolo “回”, que significa “dar meia-volta” ou “voltar”. Entretanto, as seis integrantes em nenhum momento pensaram em olhar para trás, na verdade, a cada trabalho, novos espaços para o grupo crescer apareceram, resultando em 回:Walpurgis Night.
O álbum inclui os principais singles lançados em fevereiro e julho – “Crossroads” e “Apple”, respectivamente –, apresentando toda a magia e misticidade que os EPs lançados anteriormente possuem. Contudo, a surpresa de 回:Walpurgis Night está em “MAGO” e “GRWM”. Bebendo na fonte dos anos 1980, as duas faixas são totalmente voltadas para a pista de dança, energizando os fãs em um ano tão difícil.
ITZY – It’z Me e Not Shy
Em março, o grupo feminino ITZY fez seu primeiro comeback do ano com o EP It’z Me. As sete faixas reforçam o conceito que as meninas seguem desde o seu debut: o de ser original e fiel a si mesmo.
Exalando confiança, “WANNABE” abre a tracklist e rapidamente gruda na cabeça, se tornando uma das faixas-título mais interessantes do ano. A música fica mais poderosa à medida que avança, levando a um dance break de deixar o ouvinte de queixo caído. Mesmo sendo um EP que acaba caindo numa mistura confusa de música eletrônica, a faixa “24HRS” se sobressai por ser produzida por SOPHIE. Em um país em que os direitos dos LGBTQ+ são praticamente inexistentes, é empolgante ver uma artista trans ser abraçada pelo K-Pop.
As cinco integrantes estabeleceram um repertório de hinos desde 2019 e em agosto “Not Shy” veio para confirmar o poder delas. Em uma mistura de batidas eletrônicas e melodias de saxofone, elas cantam sobre ter atitude ao repetirem “Eu quero você, quem se importa, porque eu não sou tímida”.
IZ*ONE – BLOOM*IZ, Oneiric Diary e One-reeler / Act IV
O ano de 2020 começou maravilhoso para o IZ*ONE, com seu álbum de estreia em coreano, que era para ter sido lançado em novembro de 2019, mas foi adiado e saiu somente em fevereiro desse ano. BLOOM*IZ é um álbum delicioso de escutar, um pop animado, com o conceito de “florescer”. Mesmo cada uma com sua mensagem e sonoridade, todas parecem prontas para tornarem-se singles do gênero K-Pop.
Em junho, lançaram o mini álbum Oneiric Diary, que teve problemas na entrega do videoclipe do single “Secret Story Of The Swan”. Em outubro, lançaram seu segundo álbum, o primeiro em japonês, Twelve. O comeback mais recente veio através do quarto mini álbum, One reeler / Act IV, que contou com “PANORAMA” como lead single. Uma das conquistas do ano para o grupo foi vencer o MAMA na categoria “Favorite Female Group”.
Infelizmente, o quarto mini álbum pode ser o último trabalho do grupo temporário nipo-coreano, pois o contrato é somente até abril do ano que vem. Apesar de todas as polêmicas, esperamos que 2021 traga ao menos um último projeto antes do término do contrato.
LOONA – [#] e [12:00]
2020 foi um ano promissor para LOONA. O EP [#] da girl group de K-Pop lançado em fevereiro foi um bom jeito de abrir o ano, mas ainda assim não entregava todo o potencial que vimos em [X X] – de 2019. O grande forte do trabalho está na balada “365” e em “So What”, ambas com estilos diferentes, mas que mostram a mutabilidade e capacidade de se reinventar. Uma das principais conquistas das meninas veio em março de 2020, quando, graças ao sucesso de “So What”, elas tiveram sua primeira vitória em um programa musical.
Felizmente, o comeback com o mini álbum [12:00] mostra melhor o potencial e versatilidade das doze garotas, o que foi o grande diferencial delas desde o início. A inovação de takes quase desconexos nos videoclipes fazem parte do visual de LOONA e isso se aplica nas músicas. As canções misturam diversas referências musicais e brinca com nuances e texturas. [12:00] trouxe desde o pop dançante até baladas, como “Fall Again”.
“Why Not” é o grande destaque de [12:00], misturando electropop com um baixo bem pesado, a música não foge do padrão atual do K-Pop. Porém, a partir da primeira repetição de “Di Da Dum”, ela já se torna um pop refrescante e que fica rapidamente na cabeça. A outra canção escolhida para a promoção do álbum foi “Voice”, que ganhou até uma versão em inglês. Agradável, cativante e cheia de sintetizadores, é uma track tranquila no meio do pop vibrante que o grupo lançou em 2020.
MAMAMOO e o acerto de Hwasa em Maria
Depois de “Shampoo” e “WANNA BE MYSELF”, “Dingga“ veio como pré-single e serviu para abrir caminhos e deixar os fãs ainda mais curiosos com o comeback do grupo de K-Pop. O tema central não poderia ser mais atual: a vontade de sair e se divertir, mas ser impedido pela pandemia, com direito a máscaras personalizadas. Em TRAVEL, o décimo mini álbum do grupo tem muitos acertos, mas a title single “AYA” não agradou todos os fãs, possui um sample mais genérico de música indiana e a batida pop é mais comedida. Ademais, ganharam na categoria “Best Vocal Performance Group” no MAMA.
Solar trouxe na música “Spit it Out” demonstrou a vulnerabilidade e autenticidade da Solar, além de um visual que marcou o público por uma maquiagem no clipe por deixá-la sem cabelos. Não somente isso, a canção fez com que o MAMAMOO se tornasse o segundo grupo coreano em que as integrantes individualmente tenham uma música da carreira solo na parada de vendas digitais mundiais da Billboard. Moon Byul também foi notada por seu EP Dark Side Of The Moon, que apresenta visual e conceito comumente explorados por boygroups no K-Pop.
Hwa Sa em 2020, se uniu a Dua Lipa em um remix da faixa “Physical”, que está no álbum deluxe da cantora britânica, o Future Nostalgia. O ano também trouxe seu primeiro EP solo em junho, Maria tem lead single com mesmo nome, onde canta sobre os haters e seu sofrimento, transformando sua dor e vulnerabilidade em arte. Segue a tendência da mistura com trap e tempos latinos, o projeto possui seis faixas no total. O ano rendeu tantos frutos que em outubro lançou “DON’T TOUCH ME”, single do girl group Refund Sisters, que conta também com Hyori, Uhm Jung Hwa e Jessi. O hype para o novo grupo é bem alto, agora é esperar o que 2021 pode nos proporcionar!
NCT – Neo Zone , Reload, Awaken the World e Resonance
2020, mesmo com todas as complicações, foi um ano agitado para NCT. A sub unit NCT 127 lançou, no primeiro semestre, o segundo álbum de estúdio Neo Zone com a faixa principal “Kick It” e um repackage álbum intitulado Neo Zone: The Final Round com a faixa principal “Punch”.
Já NCT Dream, que teoricamente perderia quatro membros em 2020 por conta do sistema de graduação por idade – na teoria, quando um integrante completa 20 anos, ele deve sair da unidade- surpreendeu as fãs com Reload, o quarto EP do grupo, e divulgou o abandono do sistema de graduação com a volta de Mark, ex-líder que havia deixado o grupo em 2019. A unidade chinesa WayV teve seu primeiro full álbum, Awaken the World, com a title track “Turn Back Time”, e se manteve no topo das paradas chinesas.
Fazendo jus ao nome Neo Culture Technology, o grupo não deixou a desejar quando entregou três shows online ao vivo com sucesso depois que SM Entertainment se juntou com a Naver e apostou no primeiro serviço de streaming de shows com auxílio tecnológico Beyond LIVE.
E, quando NCTzens não achavam que poderia melhorar, o projeto NCT 2020 foi divulgado em Setembro, com a promessa de algo similar ao famoso NCT 2018. Dois novos membros adicionados, o grupo lançou “NCT 2020 Resonance Pt 1”, com todas as quatro unidades e 23 garotos, que alcançou a marca de mais de um milhão de pré-vendas. “Make a Wish (Birthday Song)”, “90’s Love”, “Work It” e “Raise the Roof” foram os hits do álbum que depois de misturados, se tornaram um único single chamado de “Resonance”, que encerra a era do álbum “NCT 2020 Resonance Pt 2”, fechando o ano com chave de ouro.
SEVENTEEN – Heng:garæ e [Semicolon]
Com a turnê mundial interrompida pela pandemia, Seventeen aproveitou o ano de 2020 para produzir mais conteúdo para seus fãs, Carats, e lembrar-nos de “fazer nosso melhor, mas às vezes não”. Apesar deste conselho bem-vindo para a quarentena, o grupo não descansou e entregou alguns de seus melhores trabalhos até então, chegando a um nível de reconhecimento internacional inédito para o grupo.
Em maio, os treze membros dividiram um pouco de suas vidas em turnê, no documentário em série, “Hit the Road”. Com Heng:garæ, Seventeen conquistou corações em “My My” e dominou o verão (e o TikTok) com a melodia chiclete e a dança fácil de “Left & Right”.
Em outubro, o grupo voltou às nossas playlists com as músicas retrô de [Semicolon]. Ainda com a mensagem de aproveitar a juventude, o mini álbum viaja do som dos anos 20 e 30 com “Home;Run” até a balada anos 90 de “All My Love”, passando pela mistura de jazz e bossa-nova em “Light A Flame”.
STRAY KIDS – GO生
O ano já começou agitado para as Stays, que foram recebidas em janeiro com a versão em inglês de Double Knot e Levanter, sendo a primeira acompanhada de um clipe. O ritmo do boy group não diminuiu e em Março houve o debut oficial em japonês, com o álbum SKZ2020 que compila hits e músicas anteriores além das versões em japonês de alguns singles.
Após o início da quarentena, ao contrário do esperado, Stray Kids continuou a todo vapor e lançou o primeiro álbum japonês Top com a música tema do anime Kami no Tō (Tower of God) e também o primeiro álbum de estúdio do grupo, chamado Go Live (GO生) com a title track “God’s Menu (神메뉴)”. Go Live se tornou o álbum mais bem vendido dos 8 meninos e conseguiu ótimas posições nos charts coreanos. Já em Setembro, Stray Kids promoveu o repackage álbum In Life (IN生) com o single “Back Door”, que foi dito como uma das melhores músicas de 2020 segundo a revista TIME – a única música coreana na lista.
No geral, o ano foi glorioso para o grupo, que foi reconhecido diversas vezes por inúmeros tabloides e revistas como “O Primeiro e Único Grupo da 4ª Geração do K-pop” a alcançar marcas e números. Com muitos MV’s ultrapassando 100M de views no YouTube, 2020 se encerra como um ano importantíssimo na carreira de Stray Kids.
TAEMIN – Never Gonna Dance Again
Em 2020, é essencial que você já conheça Taemin, ou pelo menos já tenha ouvido falar dele. Debutando com o grupo SHINee em 2008 e depois como solista em 2014, sua arte ajudou a moldar a indústria do K-Pop como ela é hoje e em 2020, o artista nos apresentou Never Gonna Dance Again. Dividido em dois atos, a primeira parte da obra foge do padrão de músicas bastante agitadas que nos foram apresentadas nesse ano. Pelo contrário, elas são uma mistura de pop e eletrônica bem sutil e emocionalmente vulnerável do início ao fim. Os principais destaques de Act 1 são “Criminal” e “2 KIDS”.
Sem desapontar, Never Gonna Dance Again: Act 2 finaliza seu trabalho solo do ano da forma mais sensível possível. A presença marcante do R&B ajuda a tornar a experiência sonora em sedutora e assustadora ao mesmo tempo. Impecável do início ao fim, Taemin entrega uma segunda parte sólida e impossível de desapontar algum fã.
TOMORROW X TOGETHER – The Dream Chapter: ETERNITY e Minisode 1: Blue Hour
Finalizando a série de álbuns Dream Chapter em 2020, Eternity é o capítulo em que os integrantes começam a enfrentar o mundo real. Enquanto em Magic e Star a juventude é um lugar iluminado e cheio de esperanças, as coisas mudam na etapa final. Tanto que em “Can’t You See Me?”, eles levam os conflitos pessoais ao extremo, tratando a convivência dos cinco membros ao “fogo que dança no fim do mundo”.
Minisode 1: Blue Hour é a fase de transição entre as eras, dando espaço para os cinco meninos respirarem e analisarem bem o que eles querem em sua carreira para o próximo ano. Da mesma forma que seus colegas da Big Hit Entertainment, os meninos apostaram em um single animado para levantar o astral de seus fãs. “Blue Hour” em sua positividade, é bem parecida com “Dynamite” do BTS. Agora, é esperar o próximo capítulo de um grupo que aproveita a sua juventude para se fortalecer e traçar seu caminho.
TWICE – MORE & MORE, Eyes Wide Open e Cry For Me
O ano foi bastante agitado para o TWICE. Em junho, o grupo deu um passo além para se desvincularem da imagem de meninas fofinhas que as catapultou no início da carreira.
No início deste ano, a JYP Entertainment anunciou uma parceria com a gravadora norte-americana Republic Records e, como primeiro resultado dessa parceria, veio More & More. Vale ressaltar que o EP introduz as nove integrantes a um mundo de novas oportunidades, principalmente, para explorar novos gêneros e trabalhar com produtores e compositores ocidentais, por exemplo, Zara Larsson. O mini álbum é liderado por uma faixa com o mesmo nome, explorando o tropical house, a canção é animada e mostra o amadurecimento musical que o TWICE vem buscando desde 2019 com lançamentos como “Fancy” e “Feel Special”.
Para outubro, o grupo anunciou um novo álbum, o segundo da carreira delas. Com Eyes Wide Open, TWICE deixou claro que não só sabe dialogar com seu público, mas também compreende o que os ouvintes de música pop além do espaço geográfico da Coreia gostam de consumir. Faixas como “Up No More” e “Depend on You” são impecáveis na produção, com as nove vozes impressionando até os fãs mais exigentes. Além delas, “I Can’t Stop Me” abre o álbum se impondo como uma das melhores músicas do ano, com um synth-pop confiante e impactante que nos leva direto para a década de 1980.
Fechando o ano, o grupo surpreendeu os fãs com uma performance de “Cry For Me”, música inédita, no MAMA 2020. Os ONCEs rapidamente foram perguntar às integrantes quando a música seria oficialmente lançada, não recebendo respostas certas. No entanto, a surpresa veio quando o single foi anunciado como um presente para os fãs após um ano tão difícil. “Cry For Me” é ousada e sexy, uma nova e incrível forma do TWICE se apresentar.
Menções Honrosas
Fechando a lista do ROCKNBOLD, não poderíamos deixar de comentar os principais debuts do ano. Entre os vários grupos que foram inseridos no K-Pop pela primeira vez em 2020, separamos quatro destaques:
aespa
Em um projeto ousado da SM Entertainment, aespa debutou com o seu conceito de unir o mundo real com o virtual. “Black Mamba” introduz um pouco das duas realidades que o grupo quer unir, porém, para a ansiedade dos fãs, a interação das quatro integrantes com seus avatares ainda não foi tão explorada nesse primeiro lançamento.
STAYC
Na linha retrô do K-Pop, STAYC debutou com “So Bad”, uma mistura de sintetizadores, atitude feminina e simpatia das seis meninas. Com um contraste de vocais agudos e graves, elas já se impõem como um grupo que tem muita disposição para continuar crescendo nos próximos lançamentos.
TREASURE
Desde o início do ano tivemos lançamentos de performances e programas de variedade do grupo, o que fez com que Treasure, antes mesmo de debutar, fosse registrado como o ato de K-Pop mais rápido a entrar no chart da Billboard Social 50. A estreia oficial com “Boy” os rendeu a marca de rookie (grupo novo) mais vendido em 2020 e o comeback “I Love You (사랑해)” do segundo mini-álbum The First Step: Chapter Two os fez adquirir o título “Half a Million Seller” com vendas acumuladas dos dois álbuns individuais.
WEEEKLY
O girl group de k-pop com sete integrantes da PlayM Entertainment é a primeira em que eles apostam desde APINK, quase dez anos depois, e já mostra excelentes resultados! O primeiro mini álbum veio em 30 de junho, o We Are. Com seis faixas e o lead single “Tag Me (@Me)” já levaram o prêmio de “Best New Female Artist” no MAMA e nós, do ROCKNBOLD estamos de olho!