Categoria criada na segunda edição do Grammy Awards, ela tem como objetivo premiar o melhor novo artista do ano correspondente, não necessariamente quando o mesmo lança seu primeiro trabalho na indústria musical. De 1959 para cá, foram consagrados grades nomes da música e alguns que hoje passam despercebidos, no entanto, é sempre um momento de consolidação e aclamação da carreira do artista. Nesta lista, o ROCKNBOLD irá contar um pouco sobre os vencedores das últimas 20 edições da premiação.
Shelby Lynne – 43rd Annual Grammy Awards (2000)
A 43ª entrega dos gramofones dourados ocorreu em fevereiro de 2001 e contou com apresentações musicais emblemáticas. Madonna abriu a premiação com “Music”, U2 apresentou a canção “Beautiful Day” que ficou consagrada naquela noite ganhando a categoria “Gravação do Ano” e “Canção do Ano”, Eminem apresentou “Stan” ao lado de Elton John e Radiohead conquistava seu segundo prêmio com “Kid A”.
Naquele ano, a categoria “Artista Revelação” estava com representantes de gêneros musicais diferentes: Papa Roach, Brad Paisley, Jill Scott, Shelby Lynne e Sisqó (sim, aquele que canta “Thong Song”). A vencedora foi a Shelby, que no ano anterior havia lançado “I Am Shelby Lynne”, que a fez ser reconhecida no mundo pelo seu rock bastante carregado no pop. Em seu discurso, ela contou que demorou “apenas” treze anos de carreira e seis álbuns de estúdio para ela conquistar o sucesso.
Infelizmente, após o sucesso de seu álbum de 2000, ela não conseguiu manter o mesmo nível com seus trabalhos posteriores. Hoje, ela é dona de sua própria gravadora e segue lançando músicas, mas sem o mesmo apelo comercial de antigamente.
Alicia Keys – 44th Annual Grammy Awards (2001)
No ano em que saiu carregada de prêmios, Alicia Keys também ganhou “Artista Revelação”. Vamos relembrar um pouco desta premiação que ocorreu em fevereiro de 2002. Naquela noite, U2 ganhou mais um gramofone dourado de “Gravação do Ano” com “Walk On”, Nelly Furtado ganhou seu único Grammy com “I’m Like A Bird”, “Lady Marmalade” conquistava “Melhor Colaboração Pop” e Linkin Park ganhava sua primeira categoria na premiação.
Mais uma vez abraçando gênero musicais, a categoria de “Artista Revelação” contava com Linkin Park, Nelly Furtado, Alicia Keys, David Gray e India.Arie. Quem se consagrou vencedora foi Alicia Keys, que naquela noite levou para casa seus cinco primeiros prêmios do Grammy. O álbum “Songs In A Minor” levou “Melhor Álbum R&B” e a canção “Fallin'” foi responsável por três dos prêmios, entre eles, “Canção do Ano”.
Ao contrário de Shelby Lynne que não conseguiu acompanhar a fama, Alicia é um dos nomes mais emblemáticos da música norte-americana nos últimos 20 anos. Hoje, ela é detentora de 15 gramofones dourados, conta com 29 indicações no total e foi apresentadora da premiação em 2019. No ano passado, ela lançou “ALICIA”, álbum que recebeu boa avaliação pelos críticos.
Norah Jones – 45th Annual GRAMMY Awards (2002)
Mais uma que saiu tendo que equilibrar cinco prêmios na mesma noite foi Norah Jones em 2003. Com seu álbum “Come Away With Me”, ela se consagrou vencedora das categorias “Melhor Álbum Pop Vocal” e “Álbum do Ano”. A canção “Don’t Know Why” que abre o trabalho, foi responsável pela conquista de “Gravação do Ano” e “Melhor Performance Pop Vocal Feminina”. Naquela premiação, também vimos Coldplay levando dois gramofones dourados, No Doubt e John Mayer ganhando pela primeira vez e também ocorreu uma performance homenageando Joe Strummer do The Clash, que contou com Bruce Springsteen, Steven Van Zandt, Elvis Costello e Dave Grohl.
“Come Away with Me” é o primeiro disco da carreira de Jones, lançado pelo tradicional selo Blue Note, e vendeu mais de 27 milhões de cópias ao redor do globo. Na época, “Don’t Know Why,” alcançou o Top 30 da Billboard Hot 100. Seus álbuns seguintes seguiram fazendo sucesso e vendendo milhões de unidades. Quase 20 anos depois de sua primeira vitória no Grammy, a cantora já coleciona 17 indicações e 9 prêmios. Inclusive, o número pode aumentar esse ano, pois ela está indicada na categoria “Melhor Performance de Raízes Americanas”. Na categoria “Artista Revelação” de 2002, ela superou John Mayer, Avril Lavigne, Michelle Branch e Ashanti.
Evanescence – 46th Annual Grammy Awards (2003)
Em 2004, a 46ª cerimônia do Grammy teve “Speakerboxxx/The Love Below” do Outkast ganhando o prêmio de “Álbum do Ano”, se tornando o primeiro álbum de rap a conquistar esse feito. Na mesma noite, Justin Timberlake se consagrava como artista solo ao vencer suas duas primeiras categorias após 10 indicações com o *NSYNC. Outro vencedor foi Jack White, na época como The White Stripes, levou para casa as categorias de “Melhor Canção Rock” e “Melhor Álbum de Música Alternativa”.
Para “Artista Revelação”, os artistas indicados foram Evanescence, 50 Cent, Heather Headley, Sean Paul e Fountains of Wayne (a banda que canta “Stacy’s Mom”). Vencedores da categoria, Evanscence havia lançado “Fallen” no ano anterior. O álbum é um clássico, com hits como “My Immortal” e “Bring Me To Life” e vendeu mais de 17 milhões de cópias no mundo todo. A banda recebeu cinco indicações no 46º Grammy Award, vencendo também “Melhor Performance do Hard Rock”.
Depois da vitória, a banda conseguiu emplacar outro álbum de sucesso, o “The Open Door”, que vendeu em torno de seis milhões de cópias. Com o passar dos anos, a formação da banda foi alterando com a saída de membros originais, mas sempre liderados por Amy Lee. Para 2021, a banda está planejando seu primeiro álbum de inéditas depois de 9 anos.
Maroon 5 – 47th Annual Grammy Awards (2004)
Amando ou odiando, não podemos ignorar a influência do Maroon 5 na música norte-americana nas últimas duas décadas. Com “Songs About Jane”, eles emplacaram com “Harder To Breathe”, “This Love”, “She Will Be Loved” e “Sunday Morning e chamaram a atenção de todos. Naquela noite, a cerimônia iniciou com os nomes promissores da época: Black Eyed Peas, Gwen Stefani, Franz Ferdinand e Maroon 5. Britney Spears levou para casa seu único gramofone dourado de “Melhor Gravação Dance” por “Toxic”, o lendário Brian Wilson dos Beach Boys ganhou seu primeiro prêmio após 40 anos de carreira – antes a banda havia ganho um prêmio por sua carreira-, e Green Day se consagrava como vencedor da categoria “Melhor Álbum Rock”.
Mesmo reconhecendo o impacto do Maroon 5 na época, até hoje muitos são contra a vitória deles em “Artista Revelação”. A indignação ocorre, pois naquela edição, eles concorriam com Joss Stone, Los Lonely Boys, Gretchen Wilson e, o motivo da fúria, Kanye West. Com “The College Dropout”, Kanye foi indicado a 10 categorias, saindo vencedor de 3. Hoje, com 70 indicações e 21 prêmios em casa, a discussão do resultado positivo para o Maroon 5 da 47ª edição do Grammy não é tão mais falada sobre.
Em 2021, Maroon 5 segue fazendo sucesso, no entanto, podemos criticar a qualidade do som do grupo. Do pop criativo e cheio de emoção do início dos anos 2000, a banda passou a reproduzir uma fórmula pop totalmente voltada para ser somente comercial. De qualquer jeito, o sucesso do grupo deve ser reconhecido e aplaudido, colecionando hoje 47 milhões de ouvintes mensais no Spotify e mais de uma música com um bilhão de execuções no serviço de streaming.
John Legend – 48th Annual Grammy Awards (2005)
Na edição realizada em 2006, a noite foi marcada por grandes encontros. Gorillaz, que ganhou seu primeiro e único Grammy naquela noite, abriu a edição acompanhado de Madonna, mais tarde Jay-Z e Linkin Park receberam Paul McCartney no palco. Das oito indicações que recebeu, John Legend foi escolhido vencedor em 3 delas, incluindo “Artista Revelação”. Na categoria, ele concorria ao lado de Keane, Ciara, Fall Out Boy e Sugarland.
Com o passar dos anos, John Legend se tornou não apenas um ícone do R&B, mas também alcançou sucesso no mundo pop. Sempre influente, ele passou a percorrer com sua música o caminho de todas as grandes premiações dos Estados Unidos.
Em 2018, ele se consagrou como um dos únicos no mundo a conquistar os prêmios do Emmy, Oscar, Grammy e Tony. Gramofones dourados já são 11 e ainda pode aumentar a lista na edição que vai ser realizada no próximo dia 14 de março. A estatueta do Oscar veio em 2014, e os outros dois prêmios foram conquistados como produtor de dois musicais.
Carrie Underwood – 49th Annual Grammy Awards (2006)
No ano em que Dixie Chicks ganhava pela primeira vez uma categoria fora do country, Red Hot Chili Peppers era o grande vencedor de “Melhor Álbum Rock” e “Confessions On A Dance Floor” da Madonna recebia seu merecido gramofone dourado, Carrie Underwood estava concorrendo pela primeira vez em duas categorias e saiu vencedora de ambas.
Em 2005, ela havia lançado seu primeiro álbum de estúdio. “Some Hearts” foi um enorme sucesso de vendas, com 315 mil cópias vendidas apens na primeira semana e totalizando mais de 7 milhões de unidades vendidas. Com esses números, se tornou o álbum de um vencedor do American Idol mais vendido nos Estados Unidos e o álbum de estreia no country mais vendido. O sucesso a levou para cerimônia do Grammy em 2007, quando disputou e ganhou a categoria de “Artista Revelação” superando Chris Brown, James Blunt, Imogen Heap e Corinne Bailey Rae.
Hoje, ela continua uma figura presenta na cena country, com 8 álbuns em sua discografia, mais de 60 milhões de álbuns vendidos e 26 singles que alcançaram a posição nº 1 nos charts.
Amy Winehouse – 50th Annual Grammy Awards (2007)
Na cerimônia realizada em 2008, podemos até lembrar de Rihanna ganhando seu primeiro Grammy por “Melhor Colaboração Rap” ou até que Kanye West – que naquela noite estava com 8 indicações -, levou mais quatro prêmio para casa. No entanto, uma das imagens mais icônicas de todas as premiações ocorreu naquela edição: Amy Winehouse e sua genuína surpresa ao ser nomeada vencedora da categoria “Gravação do Ano”.
Com mais de 20 milhões de cópias vendidas mundialmente, “Back To Black” colocou Amy Winehouse no centro das atenções da crítica, da mídia e de todos os amantes de música. Aclamado por todos, o álbum se tornou um dos mais reconhecidos e admirados das últimas décadas, tornando Amy em uma das figuras mais emblemáticas do século XXI. Com 6 indicações ao Grammy, ela não conseguiu viajar aos Estados Unidos para a premiação, mas isso não fez com que suas vitórias passassem despercebidas. Dentre os prêmios que levou para casa, ela desbancou Paramore, Taylor Swift, Feist e Ledisi na categoria “Artista Revelação”.
Infelizmente, Amy nos deixou em julho de 2011. Sua figura e suas canções a transformaram em um ícone da música pop e seu legado artístico influencia as novas gerações. Hits como “Rehab”, “You Know That I’m No Good” e “Love Is A Losing Game” são algumas das canções de seu segundo álbum que é recheado de belíssimas composições de R&B, jazz e soul.
Adele – 51st Annual Grammy Awards (2008)
Pode parecer surpresa, mas existiu uma época em que Adele não saía do Grammy carregada de gramofones dourados e precisando arrumar um jeito de equilibrar todos eles. Em 2009, a promessa britânica concorria em 4 categorias e saiu vencedora em “Artista Revelação” e “Melhor Performance Vocal Pop Feminina” por Chasing Pavements. Na mesma noite, Daft Punk levava seus dois primeiros prêmios após 4 edições com os robôs saindo de mãos vazias e Kings Of Leon ganhava seu primeiro prêmio na carreira.
Em “Artista Revelação”, Adele desbancou os Jonas Brothers, Duffy, Lady Antebellum e Jazmine Sullivan. Com 19, seu álbum de estreia, Adele vendeu mais de 7 milhões de cópias físicas, sendo 3 milhões das vendas nos Estados Unidos. Além do Grammy, 19 a consagrou vencedora de seu primeiro Brit Awards.
Mais de dez anos depois de sua estreia, Adele se tornou uma das vozes mais reconhecidas do mundo, com os álbuns 21 e 25 levando “Álbum do Ano” no Grammy. Além disso, a cantora se tornou detentora de uma estatueta do Oscar com a música “Skyfall”. Seus shows arrebataram multidões, lotando os principais estádios do mundo, inclusive, 4 noites no Wembley com ingressos esgotados. Em 2016 ela foi a apresentação principal do Pyramid Stage no Glastonbury. Seu retorno aos palcos é desejado por muitos que esperam algum lançamento da cantora, que desde 2015 não lança música nova.
Zac Brown Band – 52nd Annual Grammy Awards (2009)
Após perder a categoria de “Artista Revelação” no ano anterior, Taylor Swift se consagrou vencedora do Grammy de “Álbum do Ano” aos 19 anos. Na mesma noite, levou mais três prêmios pra casa, os primeiros dos 10 que já possui e que podem aumentar ainda mais com as 6 indicações para o Grammy 2020. Naquela edição, Beyoncé recebeu 6 gramofones dourados, um recorde para uma artista feminina. Na época, ela estava divulgando seu álbum I Am… Sasha Fierce.
Para “Artista Revelação”, o Grammy indicou nomes do indie que estavam em alta na época, MGMT, The Ting Tings e Silversun Pickups concorriam ao lado de Keri Hilson e Zack Brown Band. A banda de country com elementos de rock se consagrou como vencedora do prêmio. No ano anterior, eles fizeram sucesso com o single “Chicken Fried”, que deslanchou a carreira da banda. Atualmente, eles seguem na ativa, com mais 2 Grammys na bagagem e 6 álbuns de estúdio.
Esperanza Spalding – 53rd Annual Grammy Awards (2010)
Em um dos anos mais disputados na categoria “Artista Revelação”, Esperanza Spalding se tornou a grande vencedora na cerimônia realizada em 2011. Na noite em que ela superou Justin Bieber, Florence + The Machine, Drake e Mumford & Sons, Esperanza estava concorrendo apenas nessa categoria. Em uma edição repleta de surpresas, Bruno Mars concorria e ganhava pela primeira vez, Lady Gaga recebia os dois primeiros prêmios de sua carreira e Arcade Fire levava pra casa seu gramofone dourado de “Álbum do Ano” por The Suburbs.
Para os que não a conhecem, Esperanza Spalding é uma contrabaixista e cantora de jazz estadunidense que alcançou o sucesso comercial com seu terceiro álbum de estúdio. Chamber Music Society alcançou o 34º lugar na Billboard e a apresentou para um público além de sua bolha no jazz. Ela foi a primeira artista de jazz a vencer a categoria de “Artista Revelação”, ao longo dos anos, Esperanza Spalding recebeu mais 3 prêmios. Com 7 álbuns de estúdio, ela concilia sua carreira artística com as aulas que leciona em Harvard.
Além disso, ela possui uma ótima relação com o Brasil. Em muitas entrevistas ela já contou ser apaixonada pelo país e em 2011 tocou no Palco Sunset do Rock In Rio ao lado de Milton Nascimento.
Bon Iver – 54th Annual Grammy Awards (2011)
Na 54ª edição do Grammy, muitos se lembram de Adele se tornando vencedora de seu primeiro “Álbum do Ano” – e os outros 5 prêmios que levou para casa. Na mesma noite, Skrillex comparecia a cerimônia pela primeira vez e recebia seus 3 primeiros gramofones dourados e Foo Fighters ganhava 4 prêmios em uma mesma edição. Além deles, outro que recebeu mais de uma vitória no evento referente ao ano de 2011 foi Bon Iver.
Liderados por Justin Vernon, a banda de indie folk alcançou a aclamação da crítica e do público mainstream com seu segundo álbum de estúdio. Na época, Bon Iver chegou a segunda posição da Billboard 200 e o single “Holocene” foi indicado a “Gravação do Ano” no Grammy. Vencendo a categoria de “Melhor Álbum Alternativo” e “Artista Revelação”, Justin compareceu ao evento pela primeira vez e desbancou Skrillex, Nicki Minaj, The Band Perry e J. Cole.
Atualmente, a banda segue na ativa, tendo lançado o aclamado i,i em 2019. Em 2020, Vernon participou dos dois álbuns surpresas de Taylor Swift, cantando com ela em “Exile” e “Evermore”.
Fun. – 55th Annual Grammy Awards (2012)
No início da década passada, um dos nomes mais comentados da música era o Fun. Formado por Nate Ruess, Jack Antonoff e Andrew Dost, o trio lançou o mega hit “We Are Young” em 2011 e o álbum “Some Nights” se tornou um dos mais comentados da época. Transformando o pop, eles chegaram na 55ª edição do Grammy disputando em 5 categorias, incluindo “Álbum do Ano”. Ao final, eles saíram vencedores de duas delas, a de “Artista Revelação”, superando Alabama Shakes, Frank Ocean, The Lumineers e Hunter Hayes e “Canção do Ano” . Na mesma edição, um nome que na época estava no topo de todos os charts e que sumiu do mapa saiu vencedor da “Gravação do Ano”. Gotye se consagrava vencedor de três gramofones dourados com a ajuda da música “Somebody That I Used To Know”.
Depois do “Some Nights”, Fun. retornou apenas com um single em 2014 e logo depois um hiato do grupo foi anunciado. Desde então, Jack Antonoff se voltou para o seu projeto Bleachers e para seu trabalho como produtor, produzindo obras como 1989 de Taylor Swift, Melodrama de Lorde e Masseduction de St. Vincent. Nate Ruess lançou “Grand Romantic”, seu primeiro álbum solo em 2015 e Andrew Dost também seguiu carreira solo, porém longe dos holofortes.
Macklemore & Ryan Lewis – 56th Annual Grammy Awards (2013)
Já ficou com raiva hoje lembrando que Macklemore & Ryan Lewis levaram o prêmio de “Melhor Álbum de Rap” em 2014? Caso tenha esquecido desse momento, naquela noite, a dupla celebrava o sucesso de “The Heist” que conta com os hits “Can’t Hold Us”, “Thrift Shop” e “Same Love”. Não podemos deixar de falar da qualidade do trabalho, que conta com bilhões de streams no Spotify, mas é estranho ele ter vencido a categoria de álbum de rap no lugar de álbuns que atualmente são considerados clássicos do gênero, como “Good Kid, M.A.A.D City” do Kendrick Lamar e Yeezus do Kanye West.
Voltando pra “Artista Revelação”, naquela edição, ele também venceram essa categoria, concorrendo com James Blake, Kendrick Lamar, Kacey Musgraves e Ed Sheeran. Após o sucesso de seu primeiro álbum de estúdio, a dupla retornou em 2016 com “This Unruly Mess I’ve Made” que mesmo indo bem nos charts, não teve o mesmo sucesso de “The Heist”. Em 2017, eles anunciaram um hiato, com Macklemore lançando um álbum solo no mesmo ano.
Sam Smith – 57th Annual Grammy Awards (2014)
Na mesma edição que Beck ganhava “Álbum do Ano”, Sam Smith levava 4 gramofones dourados para casa. Em 2014, elu lançou “In The Lonely Hour” e alcançou o sucesso com hits como “Stay With Me” e “I’m Not The Only One”, chegando a vender mais de 12 milhões de cópias do álbum. Em “Artista Revelação”, concorria ao lado de Iggy Azalea, Bastille, HAIM e Brandy Clark.
Sam Smith viu sua carreira decolar depois de ceder sua voz aos hits “La La La” de Naughty Boy e “Latch” do Disclosure. A partir dessas duas participações, os olhares se voltaram para seu álbum de estreia que se tornou um dos mais famosos do pop na última década.
Atualmente, já possui um Oscar e um Globo de Ouro pela música “Writing’s On The Wall” do filme “007 – Contra Spectre” e gravou mais dois álbuns de estúdio, incluindo “Love Goes”, lançado em 2020. Além disso, o cantore já possui duas passagens pelo Brasil, tendo cantando no Palco Mundo do Rock In Rio na mesma noite que a Rihanna em 2015 e empolgando uma multidão no Lollapalooza 2019.
Meghan Trainor – 58th Annual Grammy Awards (2015)
Na edição realizada em 2016, “Drones” do Muse foi considerado “Melhor Álbum de Rock”, Kendrick Lamar ganhou 2 das 11 indicações que recebeu e Taylor Swift ganhou seu segundo prêmio de “Álbum do Ano” pelo 1989. Na mesma noite, Meghan Trainor saiu vencedora do seu primeiro e único Grammy até o momento. Em 2014, a cantora lançou o single “All About That Bass” que alcançou o primeiro lugar das paradas de 58 países e somou mais de 11 milhões de unidades vendidas no mundo todo. Com o sucesso da música, um EP foi disponibilizado e com “Lips Are Movin”, ela conseguiu se manter presente mais uma vez em posições altas nos charts.
No Grammy, ela saiu vencedora de “Artista Revelação”, superando Sam Hunt, Tori Kelly, James Bay e Courtney Barnett. Meghan Trainor segue na ativa, tendo lançado mais dois álbuns desde o seu primeiro EP. No entanto, nenhum deles chegou perto do sucesso do seu primeiro lançamento.
Chance the Rapper – 59th Annual Grammy Awards (2016)
Adele, a artista revelação do 51º Grammy Awards foi o maior nome da edição realizada em 2017. Saindo vencedora das categorias de “Álbum do Ano”, “Gravação do Ano” e “Canção do Ano”, todos os holofotes da noite se voltaram para ela. Entretanto, outro nome que se destacou foi o de Chance the Rapper, que estava participando de sua primeira cerimônia do Grammy e estava concorrendo em 7 categorias, saindo vencedor de três: “Melhor Álbum de Rap”, “Melhor Performance de Rap” e “Artista Revelação”. Nessa última categoria, ele concorria ao lado de Kelsea Ballerini, The Chainsmokers, Maren Morris e Anderson Paak.
Em 2016, Chance lançou a mixtape “Coloring Book”, que contou com a participação de grandes nomes do cenário musical norte-americano, como Kanye West, Justin Bieber e 2 Chainz. Sobre o lançamento, o Chicago Post escreveu na época que era “uma celebração do cantar, harmonizar e vozes humanas juntas fazendo barulhos alegres”. “Coloring Book” foi a primeira mixtape a aparecer no top 200 da Billboard na categoria de streams, chegando a alcançar a oitava posição.
Em 2019, Chance the Rapper retornou com “The Big Day”, seu primeiro álbum de estúdio. Mesmo com a recepção dividida do público, o trabalho debutou em segundo lugar na Billboard 200, mostrando que o nome do rapper segue em alta.
Alessia Cara – 60th Annual Grammy Awards (2017)
Em 2015, um novo rosto aparecia na música pop. Alessia Cara lançava seu primeiro single, chamado “Here” e começava a chamar a atenção de muitas pessoas. No ano seguinte, ela lançou o álbum “Know-It-All” e o divulgou ao redor do mundo, principalmente com a ajuda do Coldplay, que a escolheu como apresentação de abertura de sua turnê. No mesmo ano, a canadense de 20 anos se apresentou até no Glastonbury. Com “Scars To Your Beutiful”, seu nome decolava para o topo das paradas do sucesso, vendendo a imagem da menina que fazia música pop não necessariamente para ser tocada em festas. Em 2016, ela ainda gravou uma versão de “How Far I’ll Go” do filme Moana que conta com mais de 500 milhões de streams no Spotify.
Com todo esse background, ela chegou no Grammy nomeada para 4 categorias. Na que saiu vencedora, a de “Artista Revelação”, ela superou Khalid, SZA, Lil Uzi Vert e Julia Michaels. Seu primeiro álbum se tornou disco de platina nos Estados Unidos e no Canadá e tudo indicava que a carreira da jovem canadense só iria voar ainda mais.
Contudo, em 2018 ela retornou com “The Pains of Growing”, que mesmo aclamado pela crítica, não chegou nem perto do nível de vendas de seu trabalho anterior. Mesmo assim, isso não abalou a cantora, que segue lançando novas músicas, tendo em 2020 lançado um feat com Major Lazer, uma música para trilha sonora original de uma produção da Netflix e um EP de músicas de final de ano.
Dua Lipa – 61st Annual Grammy Awards (2018)
Mesmo com uma vitória recente, já é possível comentar o que Dua Lipa fez desde que venceu seu primeiro Grammy. Naquela noite, ela estava indicada a duas categorias, a de “Artista Revelação” e “Melhor Gravação Dance”. Levando os dois prêmios pra casa – superando nomes como Bebe Rexha, Jorja Smith e H.E.R na primeira -, ela ainda se apresentou na edição ao lado de St. Vincent, numa performance considerada das mais sexys dos últimos anos.
Atualmente, a cantora segue provendo “Future Nostalgia”, seu segundo álbum de estúdio e uma das grandes surpresas de 2020, colocando todo mundo pra dançar dentro de casa. A música “Don’t Start Now” conta com mais de um bilhão de streams no Spotify e os outros singles também possuem uma boa quantidade de execuções. Além da versão padrão do álbum, “Future Nostalgia” ganhou uma versão com as músicas remixadas e uma versão deluxe.
No próximo domingo, ela está concorrendo em 6 categorias, incluindo “Álbum do Ano”. Será se ela leva?
Billie Eilish – 62nd Annual Grammy Awards (2019)
Finalizando a lista (ufa!), temos a vencedora da última edição até o momento: Billie Eilish. Aos 18 anos, ela venceu 5 gramofones dourados, incluindo “Artista Revelação” e “Álbum do Ano”. Com mais de 48 milhões de ouvintes mensais no Spotify, a menina surpreendeu ao lado de seu irmão Finneas com “When We All Fall Asleep, Where Do We Go?”, álbum que conta com o mega hit “Bad Guy”. Após sua noite de consagração, a cantora continuou focando em grandes lançamentos como “everything i wanted” e “No Time To Die”, música tema do próxima filme do 007. Retornando para a nova edição do Grammy, Billie está na briga por mais 4 prêmios.
